domingo, 30 de novembro de 2025

Planet Hits 2 (1996)

 

O Volume 2 do Planet Hits foi a prova definitiva do acerto da joint-venture PolyGram-EMI: "Se é para o bem e felicidade da nação digo ao povo que fico". O projeto deixou de ser uma aposta e se tornou uma potente franquia, consolidando-se como uma vitrine indispensável de grandes músicas e sucessos daquele ano.

A Jornada Auditiva do Volume 2

01. Queen — "Heaven for Everyone": O álbum "Made in Heaven" (1995), lançado após a morte de Freddie Mercury, é uma verdadeira colcha de retalhos de material de arquivo do Queen. A faixa é um grande exemplo do trabalho de Brian May e Roger Taylor, que aplicaram a identidade sonora da banda a sobras vocais de Mercury para criar um material que soasse inédito. A canção, na verdade, era uma participação vocal de Mercury no projeto solo The Cross, de Roger Taylor, tendo sido lançada como single inexpressivo em 1988. No entanto, o relançamento, após a morte de Mercury, transformou-a em um hit global, provando o legado duradouro da banda. É com esse fervor e emoção que a faixa abre a coletânea Planet Hits 2.

02. Bon Jovi — "Lie to Me": A banda provou que ainda tinha muito a oferecer após o sucesso da coletânea "Cross Roads - The Best Of" (1994). O álbum seguinte, "These Days" (1995), trouxe a belíssima balada romântica "Lie to Me". A faixa rapidamente se tornou recorrente nas FMs brasileiras, dominando especialmente os programas noturnos de músicas lentas (Love Songs), solidificando o lugar da banda como ícone do rock romântico na década.

03. Andru Donalds — "Save Me Now": Outro grande acerto da EMI foi consolidar a carreira de artistas como Andru Donalds, investindo em "Save Me Now" como single principal (tema de novela), o que foi fundamental para desmistificar sua imagem de cantor apenas de reggae. A canção ganhou peso de single apenas no Brasil, graças à sua imersão como tema romântico da novela Cara & Coroa. Um dado curioso: no álbum do artista, ela encerra o disco, mas na trilha internacional da novela, ela abre trilha sonora, provando que os últimos em uma forte curadoria, podem ser os primeiros.

04. Masterboy — "Land of Dreaming (US Radio Mix)": Masterboy provou a necessidade de criar álbuns de qualidade, e não apenas singles. O projeto de eurodance alemão demonstrou versatilidade com o single dancehall "Land of Dreaming", pertencente ao album Generation Of Love que ganhou destaque na rádio na sua versão original gospel (tema da novela Vira Lata), mas a coletânea optou pela poderosa versão US (americana).

05. Michael Learns To Rock — "That's Why (You Go Away)": A gravadora EMI acertou ao licenciar o selo Medley Records, trazendo o soft rock dinamarquês do Michael Learns To Rock para o Brasil. A canção foi destaque do álbum "Played On Pepper", o terceiro da banda, que, apesar de ter iniciado suas atividades em 1991, alcançaria sucesso global somente a partir deste trabalho. Com esta balada, a banda garantiu grande destaque e consolidou a presença de artistas nórdicos no mercado nacional. A canção, posteriormente, foi incluída na trilha sonora da novela Explode Coração.

06. Sheryl Crow — "Can't Cry Anymore": A curadoria da coletânea trazia faixas de artistas com ciclos de divulgação estendidos, cuja inclusão de "Can't Cry Anymore" permitiu que o aclamado "Tuesday Night Music Club" (1994) da artista se estendesse até 1996 no Brasil, seguindo o timing particular da Sheryl Crow em território nacional. No entanto, a canção não teve tanto destaque, já que hits mais potentes completaram o ciclo de divulgação, mesmo que de forma anacrônica, em 1995.

07. Mike & The Mechanics — "Over My Shoulder": É fato que a banda quebrou um longo jejum de hits desde a década de 1980 com o álbum "Beggar on a Beach of Gold" (1995). O grande destaque foi esta balada folk. Contudo, o vocalista Paul Carrack demonstrou foco dividido: ele gravou seu álbum solo, "Blue Views", em paralelo com a divulgação da banda. Sua falta de prioridade ficou evidente ao ousar incluir uma versão acústica de "Over My Shoulder" como lado B de seu próprio single solo, "Eyes of Blue", competindo diretamente com a promoção da versão original. A canção também foi içada a tema da novela Cara & Coroa, reforçando a trilha sonora como forte concorrente do Planet Hits 2.

08. Supergrass — "Alright": O hit impediu que o Supergrass fosse apenas mais um sucesso momentâneo no cenário indie rock britânico. Sua inclusão no filme As Patricinhas de Beverly Hills (Clueless) deu à música uma visibilidade internacional crucial. A canção se provou atemporal, transformando-se em um hino constante em jogos de futebol na Inglaterra. É esse som solar, alegre e divertido que define o legado do Supergrass até hoje.

09. DJ BoBo — "Let's Come Together": O DJ BoBo, com o álbum de remixes "Just For You" (1995), emplacou esta faixa inédita — uma aposta ousada flertando com uma batida dancehall próxima de uma balada. O fato de ter criado um single inédito em um álbum de remixes prova a necessidade de o artista criar trabalhos de qualidade, e não apenas singles avulsos. Curiosamente, o mesmo álbum continha "It's Time For Christmas", uma versão natalina de "Let's Come Together", que foi tocada como tema natalino no ano anterior nas FMs.

10. Faith No More — "Evidence": O Faith No More foi vítima de uma estratégia de mercado equivocada da PolyGram, que, ao licenciar a banda contratada pela London Records, optou por incluir como bonus track do álbum "King for a Day, Fool for a Lifetime" (1995) um B-side do single "Digging The Grave": a canção "I Started a Joke" (um cover dos Bee Gees). Pelos exageros e tipos que Mike Patton faz na canção e pelo arranjo de teclado que parece ter vindo de um karaokê mequetrefe, ela denota ser mais uma paródia do que uma releitura séria. Para piorar a situação, a PolyGram a promoveu como tema da novela História de Amor. O sucesso estrondoso, mas pejorativo, desse cover dispersou o público. É incompreensível que a gravadora tenha insistido em relacionar a banda a um cover de tom jocoso, depois de ter massificado a audiência com a balada "Easy" em 1993, criando dissonância entre o que o público entendeu e o que a banda de fato tinha de sério para oferecer. Portanto, usá-la por aqui como single do "King for a Day, Fool for a Lifetime" foi piada de mau gosto com aqueles que tanto respeitam os Bee Gees, fazendo a banda cair em descrédito por aqui. Com tudo isso, o público não prestou a atenção devida à balada "Evidence", a faixa correta que divulgava seu álbum.

11. Boyzone — "Father and Son": É preciso reconhecer a insistência da PolyGram com os irlandeses. Para promover o álbum "Said and Done" (1995), a gravadora elegeu este cover de Cat Stevens como carro-chefe, que também foi tema da novela Explode Coração. Embora a escolha tenha sido comercialmente certeira, ela se tornou um empecilho para a boy band, criando uma dependência de regravações, reforçada ao escolher outro cover como primeiro single do álbum seguinte. Essa repetição de fórmula, certamente, renderia cenas nos próximos volumes da série Planet Hits!

12. Roxette — "I Don't Want to Get Hurt": Esta faixa entra na categoria de ciclo de divulgação estendido. A música é uma das quatro faixas inéditas apresentadas na coletânea "Don't Bore Us! Get To The Chorus! Roxette's Greatest Hits" (1995). Destas, "I Don't Want to Get Hurt" e "You Don't Understand Me" foram os grandes hits. A inclusão desta faixa no Planet Hits 2 evidencia o esforço da EMI em capitalizar o sucesso do Roxette no Brasil e em manter o interesse do público antes do lançamento de um novo álbum de estúdio.

13. Passengers feat. Luciano Pavarotti — "Miss Sarajevo": Em 1996, o U2 lançou o projeto Passengers (Original Soundtrack 1), e a grande surpresa foi "Miss Sarajevo", a união de Bono Vox com o tenor Luciano Pavarotti. Essa obra-prima musical foi um evento cultural que fez as rádios brasileiras pararem. Quem imaginaria ouvir Pavarotti tocando na Jovem Pan e nas principais rádios pop da concorrência? Isso só foi possível graças à audácia do projeto.

14. The Cranberries — "Zombie": Apoteose final e vítima de atraso. O hit global só se consolidou de fato em 1996 no Brasil, vítima da lentidão das gravadoras majors em divulgar seus singles. Esse atraso permitiu que o cover dance do projeto ADAM feat. Amy (1995) se popularizasse primeiro, gerando um choque no público. Ao ouvir a versão original, os brasileiros foram surpreendidos pela atmosfera apocalíptica e cavernosa do rock que a banda irlandesa era capaz de entregar, um contraste intenso com as baladas que haviam marcado sua chegada ao país. É essa versão poderosa que apoteoticamente fecha o disco!

Nota de memória afetiva: É com orgulho que eu digo que na época que não tinha dinheiro pra ter os CDs, eu emprestei esta coletânea do vizinho, o atual jornalista da SporTV Leo Lourenço, que hoje mora em São Paulo. E nós cambiávamos CDs pra copiar as músicas para fita K7. Quando foi 2013, achei esse CD baratinho em um sebo de Campinas e peguei junto com o Volume 4.

Para baixar o Volume 2 em FLAC, clique AQUI.

Planet Hits - 30 Anos (1995 - 2025))

 

Planet Hits, fruto da joint venture entre PolyGram e EMI Music, foi lançado em 1995 como a principal vitrine dos grandes sucessos no Brasil. Promovido como contendo "Os 14 Maiores Hits do Planeta". No entanto, na lateral havia a frase Now That's What I Call Music, refletindo a franquia de coletâneas da Europa, Ásia e América do Norte. A princípio, pensava-se no Planet Hits como uma coletânea avulsa, sem jamais cogitar que se tornaria uma das mais memoráveis franquias de hits no Brasil.

A seguir a edição comentada faixa-a-faixa, refletindo a força da mídia (cinema e novela) e a notória confusão cronológica das gravadoras no mercado nacional.

🎧 A Jornada Auditiva do Planet Hits


01. Bryan Adams – "Have You Ever Really Loved a Woman": Abertura certeira e estratégica, vinculada ao filme Don Juan De Marco. Sua inclusão ilustra como o sucesso obrigatório da época passava pelas telas de cinema. A faixa curiosamente foi a primeira da coletânea e a faixa bônus (última) do álbum "18 Til I Die".

02. Bon Jovi – "Always": Um hit poderoso do rock que se manteve relevante. Sua inclusão reforça o uso da televisão, já que a música era tema da popular novela Quatro Por Quatro. Foi o segundo single de trabalho da coletânea "Cross Roads".

03. Roxette – "Vulnerable": Escolha editorial que preparava o terreno. A balada era o quinto single do álbum "Crash! Boom! Bang!" (1994) e serviu como introdução para a coletânea de sucessos da banda, "Don't Bore Us! Get To The Chorus!", lançada naquele ano.

04. East 17  – "Around the World": Hit global do grupo vocal britânico, extraído como segunda canção de trabalho do álbum "Steam" (1994). Teve sua força ampliada por ser tema da novela A Próxima Vítima, demonstrando o poder do licenciamento da London Records para a PolyGram.

05. U2  – "Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me": Faixa obrigatória, puxada pelo cinema. A música era o tema principal do filme Batman Eternamente, garantindo a presença do rock alternativo na coletânea.

06. Andru Donalds – "Mishale": Curadoria sóbria e acertada. Embora uma versão dancehall alternativa tivesse se tornado viral na Rádio Jovem Pan, a coletânea optou pela versão original do álbum de estreia homônimo (1994). Essa decisão influenciou o mercado, levando à inclusão posterior da faixa em coletâneas de nicho.

07. Marillion  – "Beautiful": A balada é destaque veio do respeitável "Afraid Of Sunlight", um álbum de rock progressivo, possuindo uma letra impactante sobre auto-estima. No entanto, para a coletânea, poderia ter sido incluída a versão Radio Edit, já que Planet Hits era um protótipo da série Now That's What I Call Music (focada em singles). A canção teve grande desempenho nas paantes de sua inclusão trilha sonora da novela Cara & Coroa.

08. Blessid Union of Souls  – "Let Me Be the One": Uma das faixas do álbum "Home" que marca a estreia da banda norte-americana em 1995. Entra na categoria de "sugestões do curador", pois o maior e talvez único hit daquele disco foi "I Believe".

09. Sheryl Crow  – "All I Wanna Do": A história da Sheryl Crow no Brasil é marcada pela ironia. A A&M Records, que já havia engavetado um álbum da cantora, não apostava comercialmente nela. Seu sucesso aqui começou por acidente: a gravadora, em decisão acertada com a Globo, enviou o cover "All By Myself" (originalmente um B-Side do single "Run Baby Run" de 1993) como tema da novela Pátria Minha (1994). "All By Myself" se tornou o primeiro hit da cantora no Brasil, embora não tenha sido em mais nenhum outro lugar. Essa prioridade bizarra causou um atraso colossal: o hit mundial "All I Wanna Do" (1994) só entrou no Planet Hits após ter sido popularizado por uma versão eurodance do projeto Xena (via Paradoxx). O caos foi total quando, dois anos após o sucesso de Pátria Minha, a novela História de Amor resgatou o single original de 1993, "Run Baby Run" (o terceiro hit da artista no Brasil, mas o primeiro nos EUA), embaralhando completamente a cronologia da artista no país.

10. Elton John  – "Made in England": Sugestão do curador. A canção foi extraída do álbum homônimo, lançado após uma sucessão de premiações com a trilha sonora de O Rei Leão (1994). Entretanto, o hit de estreia foi "Believe". Assim como outras faixas menos óbvias, essa inclusão foi aceita para enriquecer o panorama dos lançamentos internacionais da época.

11. Selena  – "I Could Fall in Love": A decisão inevitável de incluir a balada de Selena (In Memoriam) foi motivada pela trágica comoção da opinião pública. A cantora, morta alvejada pela presidente de seu fã clube, tornou a audiência já comovida bastante receptiva ao single, que lamentou a falta da cantora em vida para contemplar seu maior sucesso, presente em seu álbum de adeus "Dreaming Of You". (A canção posteriormente foi tema internacional da novela Cara & Coroa).

12. The Cranberries  – "Ode to My Family": Vítima de um atraso colossal. O hit "Ode to My Family" (1994) entrava na coletânea, mas a banda já estava refém de um atraso colossal. O sucesso de seu single de 1993, "Linger" (do álbum "Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?"), explodiu no país graças à novela A Viagem e permaneceu nas paradas por dois anos consecutivos. A PolyGram tentou seguir a cronologia, incluindo "Dreams" (o segundo single da banda) na coletânea Hot Parade 1994, provando que o timing da banda no Brasil estava completamente engessado e preparando o cenário para o caos visto no Volume 2 com "Zombie".

13. DJ BoBo  – "There Is a Party": Um dos principais hits do eurodance da época, lançado no álbum homônimo em 1994 e como single em 1995. No Brasil, foi alavancada pela 1ª e melhor temporada da Série Malhação, tocando como tema de locação nas cenas de pessoas malhando e suando, garantindo o espaço do gênero na coletânea.

14. The Rolling Stones  – "You Got Me Rocking": Fechamento com uma sugestão de nicho do curador. A faixa, extraída do aclamadíssimo "Voodoo Lounge", que rendeu uma das mais rentáveis turnês para a banda, foi single em 1995, mas passou bem batido. Não deu o fechamento perfeito na época, mas pelo respeito que a faixa traz, hoje ouço com gosto no CD até ela terminar.

A Aquisição Memorável: O Planet Hits foi uma aquisição memorável! Comprei meu exemplar em 1996, com o dinheiro da caixinha de Ano Novo. O CD chegou à minha coleção com atraso, mas foi a minha verdadeira vitrine de grandes sucessos.

Para baixar o Planet Hits em FLAC, clique AQUI.

Andréa - Me Leva Pra Casa (1991)

 

Andréa Maria da Silva Faria Antunes (Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1973), nacionalmente conhecida pelo nome artístico Andréa Sorvetão, é uma empresária, atriz e apresentadora brasileira. Sua carreira decolou ao integrar o icônico grupo das Paquitas, assistentes de palco da apresentadora Xuxa. Ao longo dos anos, desenvolveu diversos trabalhos na televisão e, desde 2008, dedica-se ao empreendedorismo com seu buffet infantil, a Casa de Festas Sorvetão, no Rio de Janeiro. 

O Início com as Paquitas

Após realizar diversos trabalhos em comerciais e publicidade, Andréa iniciou sua trajetória na televisão em 1986 como assistente de palco de Xuxa, tornando-se a quarta Paquita. Ela seguiu os passos de Andréa Veiga (Paquita Paca), Heloísa Morgado (Paquita 2) e Andréa Rosa (Xiquita). Seu apelido no grupo — Xiquita Sorvetão — consolidou-se como seu nome artístico até hoje. Nessa função, participou dos programas Xou da Xuxa e Bobeou Dançou. Com o crescimento da popularidade do grupo, gravou o álbum homônimo Paquitas, lançado em 1989.

Carreira Musical, Apresentadora e Atriz

A incursão de Andréa no mundo da música ganhou destaque em 1990, quando gravou um dueto com o cantor Conrado, a canção "A Tarde", incluída no álbum dele, Vou Te Conquistar. Nessa época, Andréa ainda era namorada do cantor, com quem se casaria em dezembro de 1994. Atualmente o casal tem duas filhas: Giovanna e Maria Eduarda.

Andréa tem três registros fonográficos, sendo um no universo pop teen "Me Leva Pra Casa" (1991) e os infantis "Casa da Sorvetão" (2004) e "Vamos Festejar (2010), sendo o último voltado para o universo gospel.

Andréa também se destacou como apresentadora na televisão, comandando o infantil "Galera na TV" (1999) na RedeTV!, o "Clube da Sorvetão" (2003–2004) na TV Universo, e o "Vida Animal" (2005–2006) na RecordTV ao lado do marido. Em 2014, atuou na TV Globo, participando do seriado "Pé na Cova" no episódio "A Honra Perdida de Gedivan Pereira".

Andrea também é destaque na Internet desde 2011 com seu canal no YouTube e sua página no Instagram, nunca perdendo a interação com o público fiel.

🎉 Primeiro e único álbum pop teen

Impulsionada pela carreira de Paquita e pelo dueto realizado com Conrado, em 1991 gravou seu primeiro álbum solo, "Me Leva Pra Casa". Com produção assinada por Ricardo Feghali (do Roupa Nova) e direção artística de Mayrton Bahia, o disco apresentou uma sonoridade pop jovem com influências de house music.

  • Destaques Pop/House: Canções como "Aconteceu", "Desejo de Voar" e a faixa-título, "Me Leva Pra Casa" — esta uma releitura dançante do clássico dos anos 80 de Joe Euthanázia (in memoriam).

  • Baladas e Romantismo: O álbum também trouxe faixas pop como "Baby Boy", "Caixa de Néon" e "A Vez do Amanhã", além de momentos românticos em "A Garota Mais Feliz do Mundo", "Mais Uma Vez" e "Dor de Coração".

  • Versão Notável: Incluiu "Deixe o Sol Guiar", uma elogiada versão da disco music "Zodiacs", da diva Roberta Kelly.

Resgate Exclusivo: Para celebrar essa fase artística, graças ao resgate sonoro de Caio César Pinhata Golfeto em 2024 – inclusive ele quem criou o material gráfico adaptado para CD –, fiz aprimoramento de áudio em 30/11/2025 — com realce de graves, brilho de bateria e melhoramento de agudos — a sonoridade do disco deixo para avaliação de vocês, visitantes.

Faixas: 
01. Aconteceu
02. Baby Boy
03. A Garota Mais Feliz do Mundo
04. Desejo de Voar
05. Caixa de Néon (Sans Contrefaçon)
06. Pára Pra Pensar
07. Deixe o Sol Guiar (Zodiac)
08. Me Leva pra Casa
09. Mais Uma Vez
10. A Vez do Amanhã
11. Dor de Coração

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Skin Games - The Blood Rush (1989)

Skin Games: A Banda que a Crítica Amou, mas o Mercado Esqueceu

Conheça a história dos Skin Games, uma joia rara do pop/rock britânico que brilhou brevemente entre o final dos anos 80 e o início dos 90. Contratada pela Epic Records e com um nome emprestado de um conto do poeta Dylan Thomas, a banda era composta por:

  • Wendy Page (vocal)

  • Jim Marr (baixo)

  • Jonny Willett (guitarra solo)

  • Dave Innes (bateria)

  • Adam Lee (teclados)

O Álbum e a Voz Única

Apesar de ser aclamada pela crítica especializada, a banda nunca conseguiu converter o prestígio em sucesso comercial. Infelizmente, eles se separaram após lançar apenas um único álbum em 1989, o subestimado The Blood Rush.

O estilo musical dos Skin Games é notoriamente difícil de categorizar – é, sem dúvida, único. Mas o que realmente arrebata é a performance vocal de Wendy Page. Embora a crítica da época comparasse seu timbre ao de Kate Bush ou da vocalista do Cocteau Twins, a verdade é que o trabalho da banda se aproxima mais daquele pop/rock poderoso e marcante que Patty Smyth fazia junto ao Scandal.

O Fenômeno Hollywood no Brasil

Apesar de terem lançado vários singles do álbum, foi apenas "Brilliant Shining" que conseguiu alguma execução significativa nas rádios internacionais.

No entanto, aqui no Brasil, a história foi diferente: a canção atingiu a consagração ao ser incluída na trilha do comercial dos cigarros Hollywood. O sucesso foi tanto que a CBS chegou a criar o selo Hollywood Records para lançar The Blood Rush no país, tamanha a demanda pela faixa! (Curiosamente, o primeiro single oficial do disco foi "Cowboy Joe", com produção de Steve Hillage).

O Legado Silencioso

Embora o nome Skin Games tenha passado relativamente despercebido pelo grande público, o talento de Wendy Page e Jim Marr continuou a compor sucessos gigantescos nos bastidores. A dupla é responsável por hits como "Perfect Moment" (para Martine McCutcheon) e "Honey to the Bee" e "Because We Want To" (para Billie Piper). Eles também escreveram e produziram "Dangerous to Know" para o terceiro álbum de Hilary Duff, provando sua versatilidade no pop. Page ainda seguiu carreira solo e, em 1999, coescreveu e cantou a maioria das faixas no álbum Eleven to Fly da dupla Tin Tin Out.

A Arqueologia Sonora de um LP Raro

Este álbum jamais chegou a ter master retrabalhada para publicação nas plataformas digitais (devia!), tornando-se uma verdadeira raridade. Felizmente, encontrei-o por puro acaso no Sebo Casarão de Campinas e não hesitei: o LP foi imediatamente digitalizado em 30 de maio de 2025 usando minha agulha Shure M44G.

Embora eu já tivesse encontrado uma cópia lossless em um programa peer-to-peer, ao escutar, percebi que aquele áudio parecia anêmico e sem brilho, mesmo com um dynamic range decente. A edição em CD, lançada unicamente no Reino Unido e no Brasil em tiragem limitadíssima, simplesmente não entregava o que eu buscava.

No LP, a situação se inverteu: o áudio finalmente timbrava com vibração e vida!

O material digital, no entanto, não foi totalmente descartado. Depois de gravar e remover estalos do LP, usei o algoritmo generativo MVSep DeNoise para eliminar os persistentes hisses (ruído de fita) e rumbles (baixas frequências indesejadas) do material já remasterizado. Como havia trechos realmente problemáticos no vinil, realizei uma verdadeira arqueologia sonora, combinando pequenas porções da cópia digital para complementar o áudio principal. O resultado final? O áudio está um puro deleite para os ouvidos!

Faixas: 
01. Brilliant Shining
02. Your Luck's Changed
03. Heaven Blassed
04. Where The Wild Things Are
05. Tirade
06. No Criminal Mind
07. Cowboy Joe
08. Money Talks
09. Big Me
10. Dancing On

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Vovó Mafalda - Vovó Mafalda (1985)

 

O ator, apresentador e produtor artístico Valentino Guzzo eternizou-se na memória de muitas crianças ao dar vida à inesquecível Vovó Mafalda. Criada inicialmente para o programa do palhaço Bozo em 1980, a personagem ganhou autonomia após o fim da atração, em 1991. Com isso, a Vovó Mafalda iniciou uma carreira solo, apresentando no SBT títulos de sucesso como Sessão Desenho e Dó Ré Mi. Sua jornada continuou na TV Record, onde esteve à frente do Desenhos da Vovó de 1997 a 1998. Infelizmente, a vida de Valentino Guzzo foi interrompida em 1998 por um ataque cardíaco fulminante. No entanto, a carreira da Vovó Mafalda perdurou na televisão por um período notável de quase 18 anos, o suficiente para construir um legado e ficar na memória afetiva de gerações, sendo lembrada até os dias atuais.

Vovó Mafalda (1985) é o segundo album lançado pelo personagem de Valentino Guzzo. Trata-se de uma produção fonográfica da gravadora Som Indústria e Comércio S/A (Copacabana), com direção de produção de Jorge Gambier, arranjos e regências de Eduardo Assad e Waldemiro Lemke. O álbum foi gravado nos estúdios Copacabana e Rudgge Ramos em São Bernardo do Campo – SP, com técnica de gravação de Getulio Carvalho, Paulo Jurazzo Zecafi, e técnica de corte de Silvia Regina O layout e arte da capa são de Osvaldo Ferreira, com fotografia de Michelle de Gregório. Participa do disco a sua filha Vanessa Guzzo, cantando em solo a faixa "Sou Criança".

O que realmente define o legado sonoro da Vovó Mafalda é a forma como suas músicas resistiram ao esquecimento por longos períodos. Esse feito deve-se à tática de não retirar as faixas dos discos da programação musical recorrente das atrações, permitindo que o leitor (ou o ouvinte) se identifique de imediato com canções como:

  • "Tchau Tchau" – a canção de despedida diária dos programas;

  • "Sou Criança" – frequentemente usada nas aberturas;

  • "1, 2, 3 (Cante Comigo)" – tocada ao anunciar ou retornar de um desenho animado;

  • "Domingo no Parque" – que integrou a trilha sonora do programa apresentado por Silvio Santos.

  • Ainda se destaca "O Charme da Vovó", faixa selecionada por Toninho Paladinho para o LP Tevelândia, lançado pela Som Livre em 1986 e que alcançou alta vendagem.

O áudio deste LP, originalmente lançado em 1985, foi capturado em 04/11/2024 utilizando uma agulha Ortofon Concorde Mix. O material recebeu tratamento de reprocessamento com MVSep DeNoise em 30/11/2025. É fundamental ressaltar que a versão monetizada disponível nas plataformas digitais pela NG Digital Music apresenta qualidade muito inferior e não constitui uma remasterização autêntica. Esta cópia que ofereço é legítima, de qualidade superior e totalmente livre de monetização.

Faixas: 
01. Saber Viver
02. O Charme da Vovó
03. O Sapo
04. A.B.C. da Vovó Mafalda
05. Tchau, Tchau
06. Brinquedo Vivo
07. Sou Criança (part. esp. Vanessa Guzzo)
08. Domingo no Parque
09. Água Benta
10. O Sorvete da Vovó
11. Hoje Vamos Passear
12. 1, 2, 3 (Cante Comigo)

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sábado, 29 de novembro de 2025

Biafra - Biafra (1989)


O Álbum Biafra (1989): Pop Romântico e Resiliência na Discografia

Maurício Pinheiro Reis – conhecido artisticamente como Biafra – é um cantor, compositor e escritor brasileiro, nascido em 16 de outubro de 1957 em Niterói, Rio de Janeiro.

Biafra iniciou sua carreira em 1979 participando do 1º Festival Universitário da Música Popular Brasileira, cantando ao lado da banda Premeditando o Breque a canção "Brigando na Lua". Seu primeiro trabalho fonográfico foi na Epic/CBS, com o álbum Primeira Nuvem, de onde saiu seu primeiro sucesso, "Helena", tema da novela Cabocla. Com 46 anos de carreira e registros de idas e voltas pelas companhias fonográficas (CBS, Barclay, 3M, Esfinge, RGE, Continental, Indie Records e Green Songs), o cantor Biafra acumula 16 álbuns lançados, sendo 14 de estúdio e 2 ao vivo.

O álbum Biafra, lançado em 1989 pela extinta Esfinge, é seu 10º álbum de carreira. O disco teve direção geral de Tony Bizarro e produção de Piska — que, aliás, assinou o arranjo e toda a instrumentação (baixo, guitarra, bateria). Foi gravado e mixado no Estúdio Concorde, em São Paulo, com técnica de gravação e mixagem de Gilson e Waltinho, com auxílio de Utu, Denis e Zeca.

Destaques Musicais e Ascensão Nacional

Este trabalho consolidou o artista na cena pop romântica da época, apresentando uma sonoridade coesa e comercialmente atraente, fortemente influenciada pela produção técnica de Piska. O grande carro-chefe do álbum foi a canção "Só Você". A faixa se tornou um imenso sucesso de execução nas rádios, com forte apelo nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, rapidamente se estabelecendo como um clássico do repertório do cantor.

A projeção de outra faixa notável do disco, "Na Hora H", foi amplificada pela sua inclusão em uma das principais vitrines musicais da época: a coletânea Sucesso Nacional, lançada pela gravadora Som Livre ainda em 1989. Fazer parte desta coletânea garantiu à música um alcance nacional significativo, expondo o trabalho de Biafra a um público muito mais amplo, para além do circuito original de divulgação da Esfinge.

Arte Visual e Resgate do Repertório

Biafra sempre se preocupou com a elegância, apresentando material gráfico cuidadosamente orientado para acompanhar a sofisticação pop e romântica já trazida dos álbuns anteriores. A fotografia e capa do LP foram assinadas por Lívio Campos, enquanto a criação e arte ficaram a cargo de Cláudia Azevedo, mantendo o foco na garbosidade e discrição do cantor.

Com a falência da Esfinge, o cantor migrou para a CBS e lançou "Minha Vida de Artista", partindo para uma revisão de uma década de sucesso, regravando músicas e lançando algumas inéditas. Porém, com desejo de continuidade da divulgação de algumas canções do album que lançou pela extinta Esfinge, lançou em 1992 pela RGE o álbum "Anjo da Guarda" (seu 12º álbum de estúdio). Este funcionou, de maneira não oficial, como uma coletânea.

Para reintroduzir os fonogramas no mercado, o cantor optou por remixagens em vez de regravações completas. Faixas como "Foi Demais", "Fugir Não Dá", "Água Marinha" e "Só Você" foram retrabalhadas com a adição de reverbs e outros efeitos, mantendo o arranjo original de Piska, mas atualizando a sonoridade para o contexto musical do início dos anos 90. Tal decisão sublinha a qualidade intrínseca do material de 1989 e demonstra a resiliência do artista diante das dificuldades do mercado fonográfico.

Conclusão

O álbum Biafra de 1989 representa um momento crucial na trajetória do cantor. Apesar dos desafios impostos pela gravadora, a força de suas composições e a qualidade da produção garantiram que o repertório se perpetuasse. O sucesso de "Só Você" e a presença de "Na Hora H" em uma coletânea nacional provam que este disco não foi apenas mais um em sua discografia, mas um marco que consolidou Biafra como um nome essencial no panorama do pop romântico brasileiro do final da década de 80.

Remasterização

Este material de análise baseia-se na qualidade sonora obtida através de um processo de remasterização digital conduzido por este autor. O trabalho foi iniciado em 31/05/2024, com a captação do LP utilizando a agulha Ortofon Concorde Mix MKII. O refinamento final foi concluído em 28/11/2025, com a aplicação de uma camada de limpeza no software MVSep DeNoise, atingindo o padrão de qualidade de master de CD.

Faixas: 
01. Na Hora H
02. Eu Te Amo
03. Deixar de Ser Brinquedo
04. Meu Erro
05. Charme
06. Foi Demais
07. Fugir Não Dá
08. Água Marinha
09. Eternamente Amor
10. Só Você

Àudio disponível para em FLAC, AQUI.

16 Super Sucessos Brasileiros (1975)

Lançada em 1975 pela PolyStar (PolyGram) nos formatos LP e K7, "16 Super Sucessos Brasileiros" é uma coletânea histórica que reúne alguns dos maiores clássicos da Música Popular Brasileira daquele ano.

Este disco não é apenas um registro de grandes sucessos, mas também uma peça de design e engenharia de áudio:

Produção Visual: A capa e a direção de arte ficaram a cargo de Aldo Luiz, com layout criado por Aldo Luiz em parceria com Lobianco, e arte final assinada por Jorge Vianna.

Remasterização: O áudio foi cuidadosamente remasterizado com o uso da agulha Shure M44G e processamento de áudio pelo sistema MVSep DeNoise, garantindo uma qualidade sonora otimizada.

Faixas: 
01. O Mestre-Sala dos Mares - Elis Regina
02. Turbilhão - Toquinho, Mutinho e Vinícius
03. Folha Desabada - Jorginho do Império
04. De Frente pro Crime - MPB4
05. O Surdo - Alcione
06. O Mar Serenou, Poxa e Mulher Brasileira - Os Caretas
07. Sem Açúcar (ao vivo) - Maria Bethânia
08. Se Houvesse Um Jeito - Jair Rodrigues
09. Qualquer Coisa - Caeetano Veloso
10. Zagueiro - Jorge Ben
11. Ela - Gilberto Gil
12. Argumento e Aquarela Brasileira - Os Caretas
13. Gota d'Água (ao vivo) - Chico Buarque

Para baixar as coletânea em FLAC, clique AQUI.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

House & Remix (1989)


"House & Remix" é uma franquia de coletâneas lançada pela WEA em K7 e LP, tendo dois volumes tanto nacional como internacional. 

O volume 1 da edição nacional foi lançado em 1989 e apresenta os 6 maiores sucessos do pop brasileiro em versões remix. 

O maior elogio que faço é a prensagem do LP, que traz uma sonoridade ímpar, deliciosa pra curtir e todas as versões são classudas! Quanto á remasterização, foi feita com uso de agulha Ortofon MKII Concorde Mix em novembro de 2023. Nesta ocasião, o áudio recebeu aprimoramento com redução de ruídos com ferramenta generativa do MVSep DeNoise, na data de 28/11/2025.

Faixas:
01. Sub (Yellow Submarine) [Versão Atômica] - Os Mulheres Negras
02. Manuel [Versão Remix] - Ed Motta & Conexão Japeri
03. Cicciolina (O Cio Eterno) [Versão Erotic House Radio Mix] - Fausto Fawcett & Os Robôs Efêmeros
04. Go Back [Versão Mix] - Titãs
05. Mãe É Mãe [Versão Remix] - Casseta & Planeta
06. Dancing [Versão Dance Mix] - Heróis da Resistência

Para baixar esta coletânea em FLAC, clique AQUI.

Marco André - Olhar e Segredo (1990)

Marco André Siso de Oliveira nasceu em Belém do Pará em 22 de abril de 1963. Em 1985, mudou-se para o Rio de Janeiro.

Como instrumentista, ele atuou em gravações de CDs de Beth Carvalho, Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Claudio Nucci, Celso Viáfora, Jane Duboc, Sebastião Tapajós e de vários artistas independentes. Como compositor, tem músicas gravadas por diversos intérpretes, como Jane Duboc, Leila Pinheiro, Paulo César Feital, Fátima Guedes, Grupo Exaltasamba, MPB4, Dominguinhos do Estácio e Vital Lima.

Cantor, compositor, arranjador, instrumentista e produtor cultural, Marco André teve seu primeiro álbum, “Olhar e Segredo”, lançado em 1990, pela gravadora Continental. Este álbum, que contou com as participações de artistas respeitáveis como Leila Pinheiro e Flávio Venturini, continha a canção “Meu Bem, Meu Mal” de Caetano Veloso, tema de abertura da novela de mesmo nome da Rede Globo. Em razão disso, o artista teve sua primeira projeção nacional. Entretanto, ao promover o artista, a gravadora Som Livre grafou o nome incorretamente como "Marcos André" na trilha sonora da novela. Tal erro não apenas prejudicou a arrecadação de direitos autorais da canção, mas também o link correto do artista com o álbum Olhar e Segredo.

Musicalmente, o álbum Olhar e Segredo apresenta influências que, em certos momentos, remetem à sonoridade do Clube da Esquina e, em outros, lembram a vertente do Centro-Oeste brasileiro, como os goianos Marcelo Barra, Maria EugêniaOrlando Morais e até  mato-grossense Almir Sater. Sua linha de MPB se assemelha bastante àquela seguida pelo amazonense Vinicius Cantuária na década de 1990. Em outra ocasião, ao ser procurado por mim, que demonstrei interesse em remasterizar o LP, o músico chegou a questionar o motivo do interesse pelo disco, demonstrando certo afastamento, um desejo de renegar seu trabalho de estreia no mercado fonográfico. 

De fato, é como se Marco quisesse afirmar que não precisava da lembrança da música que contém o tema de novela para provar que chegou longe. Aos fatos:

Em 2000, participou do Festival da Música Brasileira (Rede Globo), com sua composição “Terra à vista” (em parceria com Alfredo Oliveira e Paulo César Feital). 

Em 2002, lançou a coletânea “Marco André 20 anos”.

Em 2004, o músico lançou o álbum "Amazônia Groove", pelo qual recebeu, no ano seguinte, o Prêmio da Música Brasileira e o Prêmio Cultura da Música como melhor cantor regional. Além disso, o álbum foi destaque da revista do Reino Unido "fRoots Magazine" (1979-2019), um guia europeu completo de World Music, que o considerou um dos 10 melhores álbuns do ano de 2005.

Marco também possui músicas em importantes coletâneas internacionais de países como Inglaterra, Japão, Portugal e Itália, além de ter faixas do CD Amazônia Groove numa coletânea chamada "Tom da Amazônia", em homenagem a Tom Jobim, distribuída no mundo inteiro.

O artista possui 6 trabalhos autorais, entre eles o DVD "Beat Iú", dirigido por Roberto Talma. Em 2019, ele fez a direção musical do filme "Amazônia Groove", inspirado em seu álbum de 2004, pelo qual o filme recebeu o prêmio de melhor fotografia do SXSW, em Austin, EUA.

A remasterização deste disco busca não só a reparação de uma grafia que manteve a crença de que aquele Marcos não seguiu carreira, mas também mostrar o quão bom o trabalho de estreia foi e trazê-lo à luz para o público. Uma gestão de carreira acertada teria feito com que mais canções ganhassem destaques em folhetins com temática regional. Próximo a Meu Bem Meu Mal, por exemplo, havia a concorrente Pantanal na TV Manchete, onde suas canções se encaixariam perfeitamente como trilha sonora de qualquer personagem ou locação, e, mais adiante, a novela Ana Raio e Zé Trovão. Este erro da indústria, contudo, foi a mola propulsora para que Marco André provasse, com seus anos de trajetória na música, que é muito mais do que uma boa canção para tema de novela.

Para a remasterização ocorrida em 23/11/2023, usei a agulha Ortofon MKII Concorde Mix. Dois anos depois, reprocessei o áudio no MVSep DeNoise, garantindo melhor resultado sonoro.

Faixas: 
01. Meu Bem Meu Mal
02. Olhar Cigano (part. esp. Flávio Venturini)
03. Presságio
04. Esfinge
05. Batom
06. Olhar e Segredo
07. Tudo o que É Meu
08. Aritmética Fria (part. esp. Leila Pinheiro)
09. Coisas de Urano e Juventude
10. Carnal

Para baixar este album em FLAC, clique AQUI.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Conrado - Vou Te Conquistar (1990)

"Vou Te Conquistar" é o terceiro album de carreira do cantor Conrado, e também o 2º lançado pela PolyGram, lançado em 1990 em LP e K7. Direção artística de Mayrton Bahia e produção de Ricardo Feghali (Roupa Nova). Inclusive os integrantes do Roupa Nova, o guitarrista Arthur Maia e Lincoln Olivetti participam desse album!

Aqui tem como destaques "A Tarde" que Conrado canta com sua eterna namorada Andrea Sorvetão, "Meu Pensamento É Você" – originalmente gravada por Serginho Herval (Roupa Nova) e "Encontro Casual" de Gilson e Joran. Aliás esta última, o cantor Gilson gravou para seu album de 1987 que levou o título da canção, mas ela fez mais sucesso na voz do Conrado. Que honra!

O LP foi remasterizado com uso de agulha Shure M44G em 27/05/2025. Na presente data, o áudio passa por reprocessamento de áudio no MVSep DeNoise, em 25/11/2025, garantindo som mais cristalino.

Faixas: 
01. A Tarde (part. esp. Andréa ''Sorvetão'')
02. Vou à Lua e Volto Já
03. Festa das Estrelas
04. Meu Pensamento É Você
05. Vou Te Conquistar
06. A Vida Toda e Muito Mais
07. Nuca É Tarde
08. Coração do Planeta
09. Encontro Casual
10. Magia
11. Bom Te Ver

Para baixar o album em FLAC, clique AQUI.

Conrado - Conrado (1988)

Este é o segundo álbum da carreira solo do cantor Conrado, lançado pela PolyGram em 1988. Com direção artística de Mariozinho Rocha e produção de Paulo Debétio, o disco contou com arranjos e regências de Júlio Teixeira, além da programação assinada por Renato Ladeira, Roberto Lly e o próprio Júlio Teixeira.

O trabalho traz dois singles de destaque: "Beijo de Aranha" — tema do filme Os Trapalhões na Terra dos Monstros — e a regravação de "Paixão Proibida (A Pobreza)", composição de Renato Barros (do grupo Renato e Seus Blue Caps), originalmente lançada por Leno em 1968 — exatamente vinte anos antes.

O LP foi remasterizado com agulha Shure M44G em 28/06/2025. Na presente data, o áudio passa por reprocessamento de áudio no MVSep DeNoise, em 25/11/2025, garantindo som mais cristalino.

Faixas: 
01. Tudo Que Sonhei
02. Brincar de Amar
03. Beijo de Aranha
04. Com Ela
05. Paixão Proibida (A Pobreza)
06. Bom Demais pra Não Lembrar
07. Telefona
08. Para-raio
09. Eu e Você
10. Bom Demais pra Não Lembrar (Instrumental)

Para baixar o album em FLAC, clique AQUI.

Conrado - Conrado (1987)

 

Conrado Fernandes Antunes simplesmente conhecido como Conrado é um cantor, compositor, ator e modelo brasileiro nascido em Belo Horizonte/MG em 18/10/1967. É casado com a apresentadora, digital influencer e ex-paquita Andréa Faria (Sorvetão), com quem tem duas filhas.

Passou a apresentar e cantar na TV Alterosa (afiliada ao SBT) por volta dos 14 anos, no programa de videoclipes “Show da Tarde”, em que foi observado pelo apresentador Augusto Liberato (Gugu), que estava na cidade acompanhando o grupo Dominó. Contratado pela Promoarte, Conrado foi para São Paulo onde gravou seu primeiro LP solo pela gravadora RCA Vctor, de onde saiu os sucessos "Carente de Você" e "Cat Geral".

No cinema, estrelou o filme "Os Trapalhões na Terra dos Monstros" e "Os Trapalhões e a Árvore da Juventude", na TV Globo integrou o elenco do programa Trapalhões ao lado de sua esposa Andrea 'Sorvetão'..  Anos mais tarde, teve trabalhos na TV Record: em 2016, ele e sua esposa participaram do reality show Power Couple. Em 2017 participou da 9ª temporada do reality A Fazenda e em 2018 integrou o júri do programa Canta Comigo.

O album "Conrado" foi lançado em 1987 nos formatos LP e K7 pela RCA Vik, com direção artística de Miguel Plopschi e coordenação de produção e produção executiva de Reinaldo Barriga.

O LP foi remasterizado com uso de agulha Shure M44G em 27/05/2025. Na presente data, o áudio passa por reprocessamento de áudio no MVSep DeNoise, em 25/11/2025, garantindo som mais cristalino.

Faixas: 
01. Noites Longas
02. Não Me Use
03. Canibal
04. Carente de Você
05. Será o Amor
06. Se Você Quiser
07. Cat Geral
08. Brilho da Noite
09. Não Pare
10. Novela
11. Pelo Retrovisor
12. Claridade

Para baixar o album em FLAC, clique AQUI.

Morris Albert - Solitude (1981)

Morris Albert, nome artístico de Maurício Alberto Kaisermann, é um cantor e compositor brasileiro cujo nome é mundialmente ligado ao sucesso "Feelings" (1974). Sua discografia inclui trabalhos como "Solitude", seu sexto álbum de estúdio, lançado em 1981. Composto por baladas e canções pop com arranjos orquestrais, foi lançado no Brasil pela Charger Records (Copacabana).

Ainda, o album contou com distribuição simultânea em países como Itália (Baby Records), Japão (Warner Music), Espanha (Carnaby) e, no ano seguinte, no México (Gamma).

Os arranjos e orquestração ficaram a cargo de Waldemiro Lemke e Sérgio Lemke. O álbum foi gravado e mixado nos Estúdios Dó-Re-Mi, com a mixagem de Paulo Roberto Jurazo.

O destaque de "Solitude" no Brasil é a canção "Do You Miss Me?", que ganhou popularidade por ter sido tema da personagem Edite (Eloísa Mafalda) na trilha sonora da novela Brilhante (1981) da TV Globo.  É um fato que "Do You Miss Me?" não é uma composição original de Morris Albert. A canção foi escrita pelo alemão Geff Harrison (com Chris Evans-Ironside), que também a gravou e lançou em 1981. Albert regravou e popularizou a música em diversos países.

O curioso é que "Do You Miss Me""Heaven" e "Laurasão as únicas faixas deste album que ganharam edição em CD, aparecendo na rara coletânea "Feelings", lançada nos Países Baixos pelo selo Woodford Music. 

Para a presente postagem, o áudio foi tratado para garantir a melhor experiência de audição. A remasterização, feita em 2018 com uso de agulha Ortofon Om5e, ganhou o acréscimo de uma camada de tratamento de áudio pelo MVSep DeNoise em 25/11/2025, garantindo uma limpeza final, o que torna a audição um momento inédito e de puro deleite.

É curioso que, mesmo Morris Albert residindo fora do Brasil e contando com escritórios internacionais que gerenciam seu catálogo, sua música permaneça no anonimato digital. Bom, pelo menos permanecia até agora, quarenta e quatro anos após o seu lançamento original em 1981... UAU!

Faixas:
01. Do You Miss Me
02. Heaven (feat. Clarisse)
03. Someday
04. The One
05. Same Old You
06. Laura
07. Without You
08. Little Girl
09. Dreamin'
10. Flashback

Para baixar o album em FLAC, clique AQUI.

domingo, 23 de novembro de 2025

Conexão 105 FM com Gleides Xavier (1996)

 

A 105 FM (105.1 MHz), fundada em Jundiaí no ano de 1975, é um fenômeno singular no rádio brasileiro. Com uma potência de transmissão de 60.000 watts, seu alcance é massivo, cobrindo a Grande São Paulo e a Região Metropolitana de Campinas. Enquanto muitas emissoras populares adotam um perfil eclético, a 105 FM se notabilizou por fazer uma escolha editorial chique e corajosa: direcionar seu dial para uma grade com forte identidade cultural, focada em Samba, Pagode, Rap, Black Music, Charme Romântico e Reggae.

Essa programação não é apenas uma seleção de gêneros. Ela reflete um protocolo rigoroso de valor e exaltação à cultura negra e afro-brasileira, transformando a 105 FM em uma referência inigualável. O fascínio despertado por essa programação segmentada alcança, inclusive, diversos públicos, provando que o compromisso com a identidade e a curadoria musical de nicho pode ser um grande sucesso de audiência.

A força da 105 FM reside na dedicação a programas de nicho que construíram uma audiência apaixonada:
  • Roda de Samba e Arquivo do Samba: O berço do Pagode e do Samba no rádio, onde brilhou a saudosa Gleides Xavier (1968-2018). Ela era a "rainha do samba" da rádio, um pilar de carisma que ajudou a lançar e consagrar inúmeros artistas do gênero.

  • Espaço Rap e Balanço Rap: Programas dedicados a difundir o universo do Hip-Hop e do Rap nacional e internacional, promovendo a música e as questões sociais do movimento.

  • Black da 105 e Charme da 105: Focados na Black Music, abrangendo desde as raízes do R&B e Soul até o Charme romântico.

Historicamente, embora o foco atual seja em Samba, Rap e Black Music, a 105 FM incluiu o Axé em seu auge, com programas como o "Alegria Geral", mostrando a abrangência histórica da sua missão pautada na cultura afro-brasileira.

No meio dessa grade rica e segmentada, o programa "Conexão 105", que vai ao ar pela manhã e madrugada, já contou com diversos apresentadores icônicos como Sandra Groth, Fabiano Olivato e a própria Gleides Xavier, sendo hoje o principal espaço de interação e pedidos musicais da rádio. A própria 105 FM o define como um programa de alto astral, com brincadeiras, boa música e muitos prêmios, além de ser o momento em que a programação celebra a diversidade do seu nicho: o ouvinte pode pedir e ouvir o melhor de todos os segmentos que a rádio abraça, mostrando o alcance completo da cultura que a 105 FM defende com autenticidade e rigor.

A força da rádio no cenário fonográfico foi tamanha que, em 1996, o programa Conexão 105 ganhou uma edição única em CD, lançado pela EMI Music. O álbum trouxe músicas de diversos gêneros da grade, como Pagode, Charme, R&B e Rap, e incluía o marcante "Tema de Gleides Xavier", cantado pelo grupo Negritude Jr., cuja letra dizia: "Sorria, 105 é alegria, nosso encontro todo dia, juntinhos vamos brincar". Esse tema evidencia a descontração e a força da radialista, que já havia tido passagem pela Band FM e pela Transcontinental, sendo a 105 FM sua última e duradoura residência de locução. Gleides, infelizmente, faleceu em 2018, aos 50 anos de idade, em decorrência de forte pneumonia.

Faixas:
01. Absoluta - Negritude Jr
02. Sempre Será - Ara Ketu
03. Valeu Demais - Art Popular
04. Pelo Menos Uma Vez - Simonny part. esp. Alexandre Pires
05. Luz do Desejo - Exaltasamba
06. É Tanta - Só Preto Sem Preconceito
07. Pensando em Você - Banda Positive
08. Preciso Dizer Que Te Amo - Léo Jaime
09. É Hoje - Fernanda Abreu
10. Boombasstic (Sting Remix) - Shaggy
11. Tema de Gleides Xavier - Negritude Jr.

Para baixar a coletânea em FLAC, clique AQUI.

Varig Collection - Christmas Songs (1993)

 

A Varig, ou Viação Aérea Rio-Grandense, é um nome que evoca a era de ouro da aviação brasileira. Fundada em 1927 em Porto Alegre pelo alemão Otto Ernst Meyer, ela não foi apenas uma das primeiras companhias aéreas do Brasil, mas também um ícone de luxo e excelência, conectando o país ao mundo.

Em seu auge, a Varig ia além do transporte, buscando proporcionar uma experiência de viagem completa, o que incluía a curadoria musical. A série "Varig Collection" de CDs é um reflexo desse cuidado, trazendo coletâneas temáticas de bom gosto para acompanhar o passageiro, seja nos lounges, a bordo ou como uma lembrança de viagem.

E nada mais apropriado para a época de festas do que esta seleção: "Christmas Songs". Uma trilha sonora clássica que resgata a elegância e o toque internacional da Varig, transformando o seu Natal em um voo de primeira classe pela memória afetiva.

Curiosidade: Devido à qualidade e à elegância de sua curadoria musical, os álbuns da Varig Collection se tornaram verdadeiros itens de colecionador. Para os entusiastas da aviação e da música, encontrar um exemplar hoje – em plataformas como Mercado Livre ou Shopee – é como descobrir uma cápsula do tempo, celebrando o legado cultural e o alto padrão da companhia.

Faixas:
01. O' Little Town of Bethlehem - José Feliciano
02. What Child Is This - Mark Egan
03. Silent Night, Holy Night - BeBe & CeCe Winans
04. Rudolph, The Red-Nosed Reindeer - Don McLean
05. Have Yourself a Merry Little Christmas - Tom Scott
06. The Christmas Song - Diane Schurr
07. Away in a Manger - Willie Nelson & The Country Choir
08. Angels, We Have Heard on High - The Commodores
09. Let It Snow - Stephen Bishop
10. Little Drummer Boy - Daryl Stuermer

Para baixar a coletânea natalina em FLAC, clique AQUI.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Domingo no Parque (1985)

Entre 1977 e 1988, as manhãs de domingo do Programa Silvio Santos — exibidas sucessivamente na Tupi, na Record e, finalmente, no SBT — eram dedicadas ao público infantil através do "Domingo no Parque". Com Direção de Wanderley Villa Nova, assistência de direção de Jefferson Matheus e Georgina Correa Elvas, e a "Direção de Programa Silvio Santos" de Renato Amorim de Oliveira, a atração se destacava.

O grande legado do "Domingo no Parque" reside no seu caráter de vanguarda no entretenimento nacional. O SBT demonstrou pioneirismo ao criar e popularizar um formato de gincanas recreativas infantojuvenis que viria a ser copiado pelos programas infantis da segunda metade dos anos 80. O programa iniciava com as crianças cantando "Silvio Santos Vem Aí" e apresentava as duas escolas concorrentes, que disputavam o troféu. As disputas eram um mix de brincadeiras simples e desafios elaborados: "Corrida de Saco", "Corrida com Colher na Boca", "Estátua", "Cabo de Guerra" e o "Concurso de Dança" conviviam com provas como a "Calça do Palhaço com Bexigas", a disputa entre bebês ("Corrida de Bebês"), o "Jogo do Pim", o "Flor ou Cobra", o "Jogo do É, Não e Porquê" e o famoso "Foguete". Havia também a Discoteca do Domingo no Parque, onde Silvio selecionava cinco dançarinos das escolas para marcarem pontos e ganharem prêmios.

Em 1985, a popularidade do programa levou o SBT a encomendar uma trilha sonora para o programa, resultando no lançamento do LP Domingo no Parque (SBT) pela gravadora RGE, com o objetivo de deixar o registro para a posteridade. O disco, que comercializava covers de sucessos pop e rock nacionais da época sob a marca do programa, possui uma ficha técnica complexa:

  • Os Medleys (por Chispitas) foram produzidos e arranjados por Hélio Costa Manso (do Harmony Cats), gravados no Estúdio Intersom 24 Canais com execução d'Os Carbonos. O coro Chispitas contava com Vivian Costa Manso, Tânia Lemke, Maria Aparecida de Souza (Cidinha) e Rita Kfouri (do Harmony Cats), além de Silvinha Araujo e as irmãs Ângela Reis e Sarah Regina.

  • As faixas "Hei! Você" (As Namoradas), "Tá Pegando Fogo" (Chispitas) e "Viva a Mamãe" (Rodrigo e Juliana) tiveram produção de Marco Antonio Galvão, com arranjos e regências de Elias Almeida e Pedro Ivo Lunardi, e foram gravadas no Estúdio Sigla (do grupo Globo).

  • A faixa "A Canção do Cometa Halley" (Grupo Chocolate) teve arranjos e direção musical de José Paulo Soares, direção de produção de Manoel Pinto "Embi" e produção executiva de Cláudio Fontana, sendo foi gravada no Estúdio Abertura. Foi composta justamente um ano antes da aparição do Cometa Halley em 1986.

O LP foi remasterizado com agulha Ortofon Concorde Club, garantindo a máxima fidelidade e sendo aplicado ao áudio final o MVSep DeNoise, garantindo minimização de hiss e rumble e máxima fidelidade sonora do material bruto.

Faixas:
01. Medley "A Fórmula da Alegria" – Chispitas 
Inclui Uni-Duni-Tê, Choque, Amante Profissional, Sonífera Ilha, Ela Não Gosta de Mim, Tudo Pode Mudar, A Fórmula do Amor, Ti Ti Ti e O Pica Pau.
02. Hei! Você – As Namoradas
03. A Canção do Cometa Halley – Grupo Chocolate
04. Medley "Charme e Balanço" – Chispitas
Inclui Depende de Nós, Sem Pecado, Sem Juízo, Bete Balanço, Rolam As Pedras, Cheias de Charme, Vírus Do Amor, Ego Trip, Close, e Whisky a Go Go.
05. Medley "Aquarela Colorida" – Chispitas 
Inclui Aquarela, Caminhoneiro, Mistérios da Meia-Noite, Festa dos Insetos, Xixi nas Estrelas, Masculino e Feminino, Tic Tic Nervoso, e Dona Felicidade.
06. Domingo no Parque (Tá Pegando Fogo) – Chispitas
07. Viva a Mamãe – Rodrigo e Juliana
08. Medley "Tudo Azul" – Chispitas
Inclui Palavra Mágica, Insensível, Viva! Bravo!, Óculos, Eu Não Matei Joana D'Arc, Louras Geladas, Tudo Azul, e O Calhambeque.

Para baixar a trilha sonora em FLAC, clique AQUI.