Elton John - Novelas (2025)

 

Elton John (nascido Reginald Kenneth Dwight, Londres, 25 de março de 1947) é cantor, pianista, compositor e produtor britânico. Desde 1967, tem como parceiro o letrista Bernie Taupin, com quem lançou mais de 40 álbuns. Seu primeiro disco, Empty Sky (1969), passou despercebido, mas o sucesso veio com o segundo, Elton John (1970), graças ao single "Your Song".

Com mais de 300 milhões de discos vendidos, é um dos artistas mais bem-sucedidos da história. Acumula mais de 50 hits no Top 40, incluindo sete álbuns nº 1 consecutivos nos EUA e presença contínua na Billboard Hot 100 entre 1970 e 2000. Em 2021, tornou-se o único artista solo com músicas no Top 10 britânico em seis décadas. Também brilhou nas trilhas sonoras do cinema, vencendo o Oscar em 1995 por "Can You Feel the Love Tonight".

No Brasil, Elton é o artista internacional com mais músicas em trilhas de novelas: são 19 temas, se incluirmos “Sorry Seems to Be the Hardest Word” (com Ray Charles), tema de Senhora do Destino (2004), mas que ficou fora desta seleção por critério de repertório.

"Your Song" aparece nos lançamentos m CD das trilhas das novelas Boogie Oogie (2014) e Verão 90 (2019) e da série Onde Nascem os Fortes (2018). Aqui, associei a canção a Verão 90 para dar espaço a “Don’t Go Breaking My Heart”, que foi tema de abertura de Boogie Oogie, mas acabou substituída e não entrou no CD oficial.

Para ajustar o tempo total, editei “The One” e “Simple Life” com a mesma minutagem das versões lançadas nos LPs de De Corpo e Alma e Mulheres de Areia. 

Já “Skyline Pigeon” — na rara versão remix da Rádio Globo para a novela Carinhoso — foi restaurada com uma nova mixagem, corrigindo o fade out brusco da edição original feita por Ieddo Gouvea. Foi a única faixa extraída da master da Som Livre. Curiosamente, a canção foi lançada originalmente como lado B do compacto de “Daniel”, mas foi justamente o lado B que virou sucesso absoluto no Brasil — algo que não aconteceu em nenhum outro país. O impacto foi tão grande que Elton passou a incluí-la no repertório de seus shows no Brasil, surpreendido ao ver o público cantando a música em uníssono.

Todas as faixas receberam tratamento de áudio com o recurso de De-noising via Tape It, reduzindo ruídos e realçando detalhes. Utilizei masters de CDs da minha coleção, como A Arte de Elton John, Jump Up!, Reg Strikes Back, a trilha do filme Days of Thunder, e as trilhas internacionais das novelas Mulheres de Areia e De Corpo e Alma.

Fico feliz em compartilhar o resultado com vocês. Boa audição!

Faixas: 
01. Your Song (Verão 90)
02. Skyline Pigeon [Remix] (Carinhoso)
03. Goodbye Yellow Brick Road (Supermanoela)
04. The Bitch Is Back (O Rebu)
05. Crocodile Rock (Uma Rosa com Amor)
06. The Ballad of Danny Bailey (O Espigão)
07. Rocket Man (Think It's Going to Be a Long Long Time) (O Bofe)
08. Pinky (Corrida do Ouro)
09. You Gotta Love Someone (Lua Cheia de Amor)
10. Empty Garden (Hey Hey Johnny) (Sétimo Sentido)
11. The One [LP Edit] (De Corpo e Alma)
12. I'm Your Puppet - with Paul Young (A Viagem)
13. Don't Go Breaking My Heart - with Kiki Dee (Boogie Oogie)
14. Simple Life [LP Edit] (Mulheres de Areia)
15. I Don't Wanna Go On With You Like That (Bebê a Bordo)
16. Island Girl (O Grito)
17. Nikita (Selva de Pedra)
18. I Want Love (O Clone)

Para baixar a coletânea em FLAC (Lossless), clique AQUI.

The Jacksons - Novelas (2016/2025)

Logo no início da década de 1970, formou-se no estado de Indiana, nos Estados Unidos, um dos grupos de irmãos mais bem-sucedidos da história da música. Eles não eram apenas um conjunto vocal: eram, de fato, uma banda formada por irmãos.

A formação original incluía:

Jackie Jackson – pandeiro, percussão e vocais
Marlon Jackson – conga, pandeiro, percussão e vocais
Tito Jackson – guitarra solo, sintetizador e vocais
Jermaine Jackson – baixo e vocal principal
Michael Jackson – conga, pandeiro, percussão e vocais principais

Mais tarde, com a entrada de Randy Jackson — multi-instrumentista que tocava piano, percussão, teclados, conga e também fazia vocais — o grupo passou a se chamar The Jacksons.

Durante a fase Motown (hoje pertencente à Universal Music), o grupo lançou 10 álbuns de estúdio. Já na fase Epic/CBS (atualmente Sony Music), foram 6 álbuns de estúdio.
Paralelamente, Michael Jackson gravou 4 álbuns pela Motown e 6 álbuns solo pela Sony Music.

Jermaine Jackson também teve carreira solo expressiva, com 9 álbuns lançados pela Motown, 3 pela Arista, 1 pela LaFace e o último de forma independente.

As mulheres da família Jackson também seguiram carreira na música.
La Toya Jackson, apesar de ter lançado 11 álbuns de estúdio, teve destaque comercial apenas com o terceiro, Heart Don’t Lie.
Já Janet Jackson construiu uma carreira sólida no R&B, com excelente desempenho nas vendas de sua discografia, também composta por 11 álbuns de estúdio.

A nova geração também marcou presença: os filhos de Tito Jackson — Taj, Taryll e TJ, que formam o trio 3T — seguiram os passos musicais da família, com o apoio direto do tio Michael Jackson, que apadrinhou o grupo.

Todos esses artistas que mencionei — seja como grupo, em carreira solo ou na nova geração — emplacaram músicas em trilhas sonoras de novelas da TV Globo.
Juntos, formam um verdadeiro compilado poderoso de canções assinadas pela família Jackson.

E mais: para esta seleção, realizei uma remasterização especial das faixas, utilizando o site  Tape.It, com foco na aplicação de De-Noiser por Inteligência Artificial para remoção de ruídos e realce de detalhes. O resultado é uma sonoridade moderna, porém fiel à essência original — preservando o alcance dinâmico que dá vida às gravações.

Vamos conferir?

Faixas: 
01. Got to Be There (Bandeira 2) - Michael Jackson
02. Goin' Back to Indiana (Bandeira 2)
03. I Wanna Be Where You Are (Primeiro Amor) - Michael Jackson
04. Ain't no Sunshine (Selva de Pedra) - Michael Jackson
05. Love Song (O Bofe) - Jackson 5
06. Daddy's Home (O Bem Amado) - Jermaine Jackson
07. Ben (Uma Rosa Com Amor) - Michael Jackson
08. Music and Me (Carinhoso) - Michael Jackson
09. Happy (Pecado Capital) - Michael Jackson
10. Dancing Machine (O Espigão) - Jackson 5
11. One Day in Your Life (Cuca Legal) - Michael Jackson
12. Breezy (O Grito) - Jackson 5
13. Let's Be Young Tonight (Duas Vidas) - Jermaine Jackson
14. Love and My Best Friend (Sol de Verão) - Janet Jackson
15. Heart Don't Lie (Amor com Amor se Paga) - La Toya Jackson feat. Howard Hewett
16. Do What You Do (Livre para Voar) - Jermaine Jackson
17. Nobody Loves Me Like You Do (Um Sonho a Mais) - Jermaine Jackson with Whitney Houston
18. Let's Wait Awhile (Brega & Chique) - Janet Jackson
19. Come Back to Me (Rainha da Sucata) - Janet Jackson
20. Why (Salsa & Merengue) - 3T feat. Michael Jackson

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Bee Gees - Novelas (2016/2025)

O grupo anglo-australiano Bee Gees surgiu num momento em que as trilhas de novelas eram a nova demanda de mercado. Muitas de suas canções foram incluídas nas trilhas da TV Tupi e, posteriormente na TV Globo.

Este coletânea definitiva reune os 18 temas de telenovelas, que incluem canções dos Bee Gees, destaques de carreira solo de Andy e Robin Gibb, além de canções que foram produzidas pelos Gibb Brothers e que os mesmos participam vocalmente.

Além disso, para esta seleção, realizei uma remasterização especial das faixas utilizando o site Tape.It, uma dica valiosa do amigo Humberto Mercado, idealizador do blog Saladificador. Trata-se de uma ferramenta online que utiliza inteligência artificial para realizar de-noising, ou seja, a remoção precisa de ruídos, ao mesmo tempo em que realça detalhes sonoros. Apesar de ser bastante intuitivo, o aplicativo exige um ouvido treinado para garantir que a fidelidade da gravação original seja preservada. O resultado final é uma sonoridade atualizada, limpa e moderna — mas sem abrir mão da essência e do alcance dinâmico que dão vida às faixas originais.

Faixas: 

01. I Started A Joke (Beto Rockefeller) - Bee Gees

02. My Life Has Been a Song (A Volta de Beto Rockefeller) - Bee Gees

03. Run To Me (Bel-Ami) - Bee Gees

04. How Can You Mend a Broken Heart (Araponga) - Bee Gees

05. Don't Wanna Live Inside Myself (Na Idade do Lobo) - Bee Gees

06. Love So Right (Espelho Mágico) - Bee Gees

07. (Our Love) Don't Throw It All Away (Feijão Maravilha) - Andy Gibb & Bee Gees

08. How Deep Is Your Love (Te Contei) - Bee Gees

09. Method to My Madness (A Volta de Beto Rockefeller) - Bee Gees

10. Shadow Dancing (Sinal de Alerta) - Andy Gibb & Bee Gees

11. Emotion (Sem Lenço, Sem Documento) - Samantha Sang & Bee Gees

12. Juliet (Sabor de Mel) - Robin Gibb

13. You And I (Champagne) - Kenny Rogers & Barry Gibb

14. Boys Do Fall In Love (Livre Para Voar) - Robin Gibb

15. Wish You Were Here (Top Model) - Bee Gees

16. For Whom The Bell Tolls (Sonho Meu) - Bee Gees

17. Immortality (Torre de Babel) - Celine Dion & Bee Gees

18. Seven Seas Symphony (Tilim) - Bee Gees

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Ritchie - Novelas (2021)

Richard David Court, conhecido como Ritchie, nasceu em 6 de março de 1952 em Beckenham, Inglaterra. Filho de militar, morou em vários países (Quênia, Dinamarca, Iêmen, Itália e Escócia) antes de fixar residência no Brasil a partir de 1972.

Iniciou sua carreira musical no Brasil participando de bandas como Scaladácia, A Barca do Sol e Vímana, ao lado de Lulu Santos e Lobão

Em 1983 lançou o álbum de estréia pela CBS Discos "Vôo de Coração", com sucesso estrondoso da faixa “Menina Veneno”, vendendo cerca de 1,2 milhão de cópias no Brasil e tornando-se um marco na música pop nacional. 

O repertório de Ritchie teve múltiplas conexões com trilhas sonoras de novelas da Rede Globo, registrando um total de 16 temas nos folhetins, reforçando sua presença na cultura musical e televisiva do país. 

Curiosidades:

1) A faixa "Meantime" foi registrada em 1985 na coletânea "A Música em Pessoa", lançada pela Som Livre, logo após o lançamento do album Circular e encerramento de contrato com a CBS. A canção é uma poesia de Fernando Pessoa musicada por Ritchie e passada para o inglês, idioma nativo do cantor. A canção seria incluída dois anos mais tarde no album "Loucura e Mágica". Curiosamente, foi escolhida pelo cineasta Jayme Monjardim para compor a trilha sonora da novela A Vida da Gente, mesmo não tendo sido registrada em CD, tocou na novela.

2) A canção "Mercy Street" foi uma versão cover feita a toque de caixa para substituir a original de Peter Gabriel, na época não autorizada pela Virgin Records, para entrar como tema de abertura da série O Sorriso do Lagarto, sendo uma exclusividade da trilha sonora.

3) Embora Caetano Veloso tenha composto e gravado "Shy Moon", convidado o cantor Ritchie para gravar com ele na faixa em seu album Velô (1984), a versão que acabou incluída no LP e K7 da novela Um Sonho A Mais curiosamente consta a versão apenas com Caetano Veloso, mesmo creditada sua participação na ficha técnica.

Faixas: 

01. Um Homem em Volta do Mundo (Cara & Coroa)

02. Lágrimas Demais (Agora É que São Elas)

03. Só Pra o Vento (A Gata Comeu)

04. Menina Veneno (Pão Pão, Beijo Beijo)

05. A Mulher Invisível (Corpo a Corpo)

06. Coisas do Coração (Roque Santeiro)

07. Transas (Roda de Fogo)

08. Fala (A Favorita)

09. Casanova (Champagne)

10. Mais Você (Rainha da Sucata)

11. Agora ou Jamais - com Tigres de Bengala (Olho no Olho)

12. Shy Moon - com Caetano Veloso (Um Sonho a Mais)

13. A Sombra da Partida (Vale Tudo)

14. Meantime (A Vida da Gente)

15. Tudo que Eu Quero (Tranquilo) (Eu Prometo)

16. Mercy Street (O Sorriso do Lagarto)

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Hits da Saudade Internacional Vol. 3 (2018)

Depois do sucesso das edições anteriores, a coletânea Hits da Saudade Internacional – Vol. 3 segue resgatando a sonoridade que embalou os ouvintes da Rádio Cidade FM 92,5 MHz de Campinas/SP durante os anos 2000. Esta terceira seleção revisita o final dos anos 90, atravessa os anos 2000 e ainda se permite invadir os primeiros ecos da década de 2010.

A Rádio Cidade cultivava uma seleção musical única, combinando lançamentos da época com músicas que, embora já fora das paradas, permaneciam vivas na memória afetiva dos ouvintes. Suas escolhas dialogavam com trilhas de novelas, sucessos do cinema, realities em alta e a efervescência da cultura pop jovem. Essa curadoria ampla, que passeava do dance europeu ao R&B norte-americano, passando por baladas e hits teen, ajudava a construir uma programação plural, próxima do cotidiano e dos sentimentos do público.

Conforme mencionei meu trabalho na Crowley Broadcast Analysis – filial Campinas, precisamente entre 2006 e 2009 –, acompanhei a programação dessa rádio de perto. Antes mesmo dos aplicativos de reconhecimento por som surgirem, o trabalho exigia escuta atenta e boa memória e conhecimento musical. Assim que muitas dessas faixas se fixaram em mim, criando um repertório espontâneo de hits que, hoje, resgato nesta compilação.

O Vol. 3 apresenta uma nova leva de músicas que, como dizia o jingle da rádio, tocavam “no momento solitário, no trabalho e no lazer”.

A coletânea embora criada em 2018, só foi lançada agora e com capa criada com auxílio do Google Gemini (IA), com alguns ajustes manuais.

Faixas: 
01. Foot of the Mountain (Radio Edit) - a-ha
02. The Girl Is Mine 2008 - Michael Jackson feat. will.i.am
03. Ego - Beyoncé
04. Wisemen - James Blunt
05. Love Never Fails - Sandy & Junior
06. You Belong to Me - Jennifer Lopez
07. Don't Stop the Music (Video Version)
08. Born This Way (Radio Edit) - Lady Gaga
09. Because of You - Ne-Yo
10. Strong Enough - Cher
11. Home and Dry - Pet Shop Boys
12. Piu Bella Cosa - Eros Ramazzotti
13. Lady Marmalade - Christina Aguilera, Pink, Lil' Kim & Mya
14. When You're Gone - Bryan Adams feat. Melanie C
15. Cruel Summer - Ace Of Base
16. Lucky - Britney Spears
17. The World Is Mine (Remix Edit) - David Guetta feat. JD Davis
18. Bellissimo Cosi - Laura Pauini
19. Dame - Luis Miguel
20. Baby Love - Nicole Scherzinger
21. Crazy (Single Version) - Gnarls Barkley

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Reggae Brasil Vol. 2 (2023)

 

Aqui temos um Volume 2 do Reggae Brasil com um pouco de canções abrangentes da década de 2000 e alguns raros remixes, como o caso de Realidade Virtual (Slammin' Mix 2) do Cidade Negra com participação da Patra, que cito o Jorge Kamikazedj (Rio de Janeiro/RJ) que cedeu em Wave da coletânea "O Que Toca Nas Festinhas e Você Dança Vol. 2". 

A coletânea homenageia por tabela o cantor Mongol, falecido em 11/05/2021, foi parceiro de Oswaldo Montenegro em várias composições – que nos brinda aqui "Cada Irmão (Raças e Credos), uma versão de One Love do Bob Marley – e membro das bandas Rotnitxe e Akundum – respectivamente dos hits "Reggae da Polícia" (1994) e "Emaconhada" (1996). Aliás, o Reggae da Polícia eu relembrei através de Johan van Haandel na década de 2000, quando era o Agronopoulos do Soulseek. A música tocava bastante na Transamérica, Educadora FM e Vox 90.

Esta coletânea traz a banda Ifá de Salvador/BA, liderada pelo cantor Jauperi (Jaú), que compôs a canção "O Topo do Mundo", a gravou bem antes de Daniela Mercury, que aliás ela aparece aqui com Samuel Rosa (Skank) em "Minas com Bahia". Aliás Samuel Rosa vai reaparecer sozinho em "Luz dos Olhos" que destaquei do projeto Cássia Reggae, projeto que homenageia em reggae as composições que Cássia Eller interpretou!

Não poderia falar em reggae sem citar a emblemática "Hey Joe" que é uma obra-prima em versão feita pelo O Rappa para o clássico de Jimi Hendrix com participação de Marcelo D2 (Planet Hemp).

O DJ Paul Ralphes tem espaço em dois remixes nesta coletânea, sendo das faixas "Oh! Chuva" da banda Dread Lion e "Tudo Que Você Quiser" dos Titãs. Aliás, o rermix foi uma saída estratégica dos Titãs para perpetuar o album Domingo, que fez mais sucesso que a versão original! Ganhar ela como bonus track em edição Platina foi só uma obrigação!

A canção "Soul de Verão" da Sandra de Sá teve também uma versão reggae, trata-se de versão em português que Nelson Motta fez para "Fame" do Michael Gore e Dean Pitchford (vencedora do Oscar por canção original) e ganhou destaque nas propagandas dos chinelos Rider em 1996.

Não nos esqueçamos das bandas Maskavo (ex-Maskavo Roots), Tribo de Jah, Planta e Raiz e Natiruts, também destaques dos anos 90, Ponto de Equilíbrio, destaque dos anos 2000. Gabriel Elias, uma promessa dos anos 2010.  

Destaquei dois fenômenos nordestinos como Gilberto Gil e Walter de Afogados, que embora naveguem por diversos estilos, também trazem o reggae pro seu repertório.

Ah e não menos importante, Timbalada, um projeto encabeçado pelo Carlinhos Brown, que em 1995 lançou uma coletânea remix Timbalada Dance, fazendo uma versão dancehall bem interessante de Beija-Flor assinada por Tuta Aquino com rap em inglês do Bulldog, que está na coletânea Axé Bahia 95. Uma delícia de som!

Faixas:

01. Emaconhada - Akundum
02. Topo do Mundo - Ifá

03. A Novidade [Ao Vivo] - Gilberto Gil

04. Minas com Bahia - Daniela Mercury & Samuel Rosa

05. De Cara pro Mundo - Planta e Raiz

06. Reggae na Estrada - Tribo de Jah

07. Oh! Chuva [Paul Ralphes Remix] - Dread Lion

08. Soul de Verão (Fame) [Versão Reggae] - Sandra de Sá

09. Cidade Negra & Patra - Realidade Virtual [Slammin' Mix 2]

10. Cada Irmão (One Love - People Get Ready) - Oswaldo Montenegro

11. Tudo o que Você Quiser [Remix] - Titãs

12. Fiz Esse Som pra Você [Acústico] - Gabriel Elias

13. Luz dos Olhos - Samuel Rosa

14. Fio da Fé - Ponto de Equilíbrio

15. Hey Joe - O Rappa & Marcelo D2

16. Natiruts Reggae Power [Ao Vivo] - Natiruts

17. Beija-Flor [Tuta Aquino Remix] - Timbalada & Bulldog

18. Um Anjo do Céu - Maskavo

19. Reggae Blue - Walter de Afogados

20. Reggae da Polícia - Rotnitxe

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Reggae Brasil Vol. 1 (2023)

 

Coletânea que decidi criar para celebrar o reggae do nosso país. Tem pela primeira vez em digital a faixa Velho Demais [Versão 1992], gravada pelo Placa Luminosa para um single promocional da Continental cedida em LP pelo amigo Paulo Cobra (Cordeirópolis/SP). A versão tem uma levada reggae, cabia nesta coletânea! 

Também coloquei algumas músicas que fizeram sucesso regional como Sr. Banana, Nepal, Milton Guedes e MD MC's, este último grupo indicado por Johan van Haandel que disse que a música fez grande sucesso em Campina Grande/PB, na época áurea em que Andrews Tadeu foi programador. Inclusive lembrei de fazer a publicação, porque a música "A Fé" era uma canção perseguida pelo Yure (@Yure_Brankinho) no quadro "Músicas Perdidas" do perfil O Som do K7 (@osomdok7) do Instagram, do Erik Rizato (Belo Horizonte/MG)

Vamos viajar no Reggae? Aproveito pra mencionar Johan que me indicou Malandrinha do mestre Edson Gomes.

Faixas:

01. Imagens - Nepal
02. Dignidade - Sr. Banana
03. Felicidade Urgente - Elba Ramalho & Cláudio Zoli
04. Velho Demais [Versão 1992] - Placa Luminosa
05. A Fé [2ª Versão] - MD MC's & Papa Linley
06. Doutor - Cidade Negra
07. Nos Lençóis Desse Reggae - Zélia Duncan
08. Quero Só Você - AfroReggae
09. Nayambing Blues [Hitmakers Legalize Remix] - Sine Calmon & Morrão Fumegante
10. Vento Ventania / Roostie & Boopsie [Ao Vivo] - Biquini Cavadão & Papa Winnie
11. Go Back [Ao Vivo] - Titãs
12. Você / Gostava Tanto de Você [Ao Vivo] - Os Paralamas do Sucesso

13. Quinta-Feira - Charlie Brown Jr

14. Malandrinha - Edson Gomes

15. Me Abraça e Me Beija - Margareth Menezes & Jimmy Cliff

16. Outra Pessoa - Milton Guedes

17. Por Que Será! - Tihuana

18. Pacato Cidadão [Incidental Let'Em In] - Skank

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Trio Galleta - I Am So Happy (1971)

 

Lançado no Brasil em 1971 pelo selo Odeon, o LP “I Am So Happy” do Trio Galleta corresponde ao segundo álbum da banda argentina, originalmente lançado no mesmo ano na Argentina e Uruguai sob o título Galleta Soul. Embora compartilhem o mesmo repertório e ordem de faixas, as capas e contracapas são distintas nas edições brasileira e argentina.

Formado em 1969 na cidade de Mar del Plata, o Trio Galleta era composto por Aníbal "Lolo" Conte (baixo), Carlos Iturbide (guitarra e vocal) e Juan Carlos "Juancho" Saporiti (bateria). A proposta musical da banda é uma fusão direta entre soul, rock e funk, com letras inteiramente em inglês.

O repertório autoral assinado por Conte e Iturbide ocupa todas as faixas do lado A e as faixas 1 e 3 do lado B. As demais são releituras de composições internacionais conhecidas, adaptadas ao estilo da banda:

• “Come To Me Softly” (Jimmy James) — balada com elementos de rock;

• “Rock in the Jail” — adaptação de “Jailhouse Rock” (Leiber & Stoller) com título alterado e abordagem soul/funk;

• “Georgia On My Mind” (Hoagy Carmichael / Stuart Gorrell) — versão em blues rock;

• “Going Back to Indiana” (The Corporation) — originalmente dos Jackson 5, reinterpretada com nuances de country rock.

A faixa-título da versão brasileira, embora não tenha sido tema de novela, foi muito bem abraçada pelo público. Recebeu lançamento em compacto 7 polegadas ainda em 1971, com “Going Back to Indiana” no lado B. Sua repercussão levou a banda brasileira The Fevers a gravar, em 1972, a versão em português intitulada “Sou Feliz”, que também obteve ampla aceitação.

A canção “I Am So Happy” seguiu figurando em várias coletâneas lançadas no Brasil ao longo das décadas seguintes, entre elas:

• 1983 – Happy Days (LP/K7 – Som Livre)

• 1986 – 14 Discos de Ouro (LP/K7 – SBT / Odeon)

• 1986 – Rock’n Roll – Os Dourados Anos 60 (LP/K7 – EMI Odeon)

• 1997 – Back To The 70’s – O Álbum da Década Vol. 2 (CD – EMI)

• 2003 – Festa Pronta 2, mixado por Iraí Campos & Renato Lima (CD – Som Livre)

• 2003 – Happy Days – Série Boomerang (CD – Som Livre)

• 2007 – As Músicas do Programa Amaury Jr. (CD – Unimar), com exibição no programa homônimo da RedeTV!

A edição nacional apresenta o logotipo da Odeon na etiqueta, sob o cruzeiro verde (catálogo MOFB-451), e traz o invólucro plástico do tipo "sanduíche" envolvendo a capa e contracapa — característica comum em discos da época. Torna-se item de interesse entre colecionadores de raridades latino-americanas com repertório cantado em inglês, independentemente da edição, devido à ausência de uma publicação digital oficial em qualidade satisfatória.

Este registro também confirma o alinhamento do Trio Galleta ao circuito musical internacional, mesmo tendo origem em solo argentino. O grupo encerraria sua discografia em 1981, com um álbum homônimo lançado em espanhol pela RCA Vik.

O exemplar utilizado para esta análise passou por duas sessões de remasterização, com foco em fidelidade sonora e preservação. A primeira sessão foi realizada com a agulha Shure M44G, e a segunda com a Ortofon Concorde Club, possibilitando a comparação de características acústicas e garantindo a melhor escolha para reprodução e arquivamento digital do material.

Faixas: 
01. I'll See You In The Corner
02. Running Miles
03. I'm Lost
04. I Can't Believe It
05. My Sorrow Is Ended
06. I See Your Face In The Window
07. I Am So Happy
08. Come Me To Softly
09. Take It
10. Rock In The Jail (Jailhouse Rock)
11. Georgia On My Mind
12. Going Back To Indiana

Charles Portilho, da 019 Discos, me concedeu este material para gravação. Esta e outras raridades você encontra nesta loja especializada em música de todos os estilos e que está completando 3 anos de existência como loja física! A 019 Discos fica localizada na Rua Rio Branco, Centro, Rodoviária de Nova Odessa. Clique AQUI para adquirir seus discos!

Para baixar o album em qualidade FLAC (Lossless), clique AQUI.

Super Xuxa Contra Baixo Astral (1989)

 

Super Xuxa Contra Baixo Astral é um filme infanto-juvenil clássico do Cinema Brasileiro produzido em 1988 pela Dream Vision em parceria com a Movie Rio e Diller & Associados, e distribuído pela Globo Video. O longa-metragem tem argumento e direção de Anna Penido e David Sonnenschein, roteiro de Anna Penido e colaboração de roteiro de Antonio Calmon – autor da séries Armação Ilimitada e Sex Appeal, e das novelas Top Model, Vamp, Olho no Olho, Cara & Coroa e outras –, produção de Diller Trindade, produção executiva de Lael Rodrigues, direção de arte de Yurika Yamasaki, direção de fotografia de Nonato Estrela e montagem de Vera Freire e Carlos Cox.

O filme foi filmado em película na resolução VGA (640x480) e esforços vem sido reunidos para que se garanta edição 4K. Só que é necessário rolo original que está na Cinemateca do Museu se Arte Moderna do Rio de Janeiro, cuja parte inicial do filme foi dada como perdida. Há uma cópia hospedada na plataforma Globoplay, mas segundo relatos do portal Paquitas: Mitos e Lendas, ela é uma versão digitalizada do acervo de fitas Betamax do CEDOC Globo. Mesmo com esse descaso na preservação de um longa, cabe falar que o filme lotou as salas de cinema na época de estréia, registrando recorde de bilheteria que engrandece o cinema nacional. Na época em que o filme ganhou versão para locadoras, era dificíl encontrar cópia disponível para locação, pois o filme não parava nas locadoras. Após toda esse êxito comercial, o filme foi exibido na Tela Quente, Super Cine, Sessão da Tarde, Sessão de Sábado e até Intercine (aquele programa que você escolhia o qual filme queria ver na madrugada seguinte).

Será que teremos versão remasterizada? Não sabemos, talvez a Inteligência Artificial poderá ser um excelente aliado no aumento de escala de imagem e resolução tal como é possível com fotografias antigas. Quem sabe?

Sinopse: Xuxa resolve com as crianças substituir as paredes pixadas e sem vida da cidade por pinturas coloridas e grafitagem para trazer um visual que desperte alegria nas pessoas. Irritado, Baixo Astral manda seus capangas sequestrarem seu cão. Decidida, Xuxa mergulha numa viagem interior enquanto sai pelas ruas a procura de seu cão e a pessoa por trás do rapto. Filme bem lúdico, muito bem feito 

Para o longa foram compostas 11 canções por Michael Sullivan, Paulo Massadas e Anna Penido, sendo que nas canções "Sonho" e "Eu Quero Saber" acrescenta-se Paulo Guerra ao time compositor. 

A superbanda Marajazz foi formada para arranjar e executar as 11 canções desta fantástica trilha sonora original. Ela é composta por: Marcelo Sussekind (guitarra e violão) – produtor do The Voice Brasil e acústico MTV Capital Inicial e ex-guitarrista da banda Herva Doce e Hay Kay –, Rodrigo (bateria), Paulo Henriique e Iuri Cunha (teclados) – sim, os fazedores de trilhas incidentais das novelas da Globo –, Nina, Marisa e Solange (coro), Rodrigo Saldanha; Diego Saldanha e Renata Benévolo – dos Abelhudos –, Vanessa, Luciano e Juninho Bill – do Trem da Alegria –, Irene, Nana, Gabriela, Tatiana Ferreira, Ingrid Klausmeyer, Leonardo Klausmeyer, Pedrinho Corrêa, Leonardo Corrêa, Márcio Corrêa e Cristina Corrêa (Coro Infantil). 

Dado curioso: a canção "Arco Íris" foi cedida pela Dream Vision para o album Xou da Xuxa 3 que foi lançado em 1988, pois foi composta exclusivamente para o filme. 

O disco tambéem é revela um cenário de transição no Trem da Alegria, pois 1988 foi o último ano de Luciano Nassyn – que daria lugar a Rubinho Cabrera em 1989 – e Vanessa no grupo e chegada da Amanda. Na formação transição, com remanescência de Juninho Bill, foi registrada a canção "Voar, Voar". Por sua vez, Luciano ganhou um dueto em "Somos Um Só" ao lado de Patrícia Marx, que havia deixado o grupo um ano antes para dedicar-se à carreira solo e Vanessa ganhou o solo "Hey Machão". Falando em artistas que deixaram grupos, temos Tatiana Ferreira, irmã da cantora Gabriela, que já havia saído em 1987 dos Abelhudos e estava em carreira solo e canta "Burocracia". 

O time de cantores adultos inclui uma energética canção "Tunel do Terror" em dueto de Paulo Massadas com a cantora Solange – dos hits "Fera Radical" e "Me Dá Um Alô". Kátia Moraes (Katita) famosa por seu vocal debochado no grupo Espírito da Coisa marca presença em Flexionar e Sandra Sá ascende a emoção da trilha interpretando a sensível canção Sonho. Pra finalizar as interpretações, Xuxa Meneghel, a grande protagonista do filme e grande estrela do público infanto-juvenil, entrega honestas interpretações com dedicação e zelo para "Arco-Iris" que é leva uma mensagem em caráter de hino pop às crianças, a rockabilly "Alto Astral" e a reggae "Eu Quero Saber" ao lado da banda baiana Central Africana. O Marajazz encerra o disco com a canção "Voar, Voar" que apesar de ser mesmo do mesmo time de compositores da canção de igual nome interpretada por Trem da Alegria, se trata de uma melodia distinta.

O LP foi remasterizado com uso de agulha Shure M44G, a partir de uma digitalização de um disco de vinil praticamente zerado, garantindo máxima nitidez de gravação, como se fosse registro de master tape.

Aliás, vale a pena ir com tempo garimpar discos no Sebo Leitura Para Todos, localizado na R. Rua Fernando Camargo, 504 - Centro, Americana/SP, CEP 13465-020. Para contato, o WhatsApp da loja é (19) 3601-1102.

Faixas: 

01. Arco-íris - Xuxa

02. Flexionar - Katita

03. Hei Machão - Vanessa

04. Túnel do Terror - Paulo Massadas e Solange

05. Sonho - Sandra Sá

06. Voar Voar - Trem da Alegria

07. Alto Astral - Xuxa

08. Burocracia - Tatiana Ferreira

09. Eu Quero Saber - Xuxa e Central Africana

10. Somos Um Só - Patrícia e Luciano

11. Voar Voar (Instrumental) - Marajazz

Para baixar o material com áudio em FLAC (Lossless) e encarte digitalizado em PNG 300 dpi, clique AQUI.

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Rock Memory - Sozinho na Cidade (1987)

Rock Memory – A trilha de uma geração apaixonada pelo rock

Fundada em 1981 por Fábio Cirello, a banda Rock Memory se tornou presença marcante no circuito paulistano durante a efervescente década de 1980, colecionando apresentações em palcos emblemáticos como Woodstock, Café Pedaço, Café PiuPiu e Calabar. Com uma proposta que transitava entre o revival das décadas passadas e a criação autoral, o grupo conquistou uma base fiel de admiradores e ajudou a manter viva a chama do rock clássico em uma época de grande diversidade musical no Brasil.

A formação original contava com Fábio Cirello (teclados e vocais), John Kurk (guitarra base e vocais), Ricardo Brasa (bateria), Eduardo Leão (baixo e vocais) e Alex Fornari (guitarra solo e vocais).
Essa base sólida foi responsável por registros que marcaram época: três LPs com releituras temáticas — Anos 60, Anos 70 e Anos 80 — e um disco autoral intitulado Sozinho na Cidade, todos lançados pela gravadora Continental. Em 1991, os quatro álbuns foram reunidos na coletânea comemorativa 10 Anos de Rock Memory, selando uma década de história.

Falando no álbum autoral: A faixa-título, “Sozinho na Cidade”, assinada por John Kurk e Eduardo Leão, tornou-se o grande hit do disco. Entre os destaques também estão “Lig Lig”, versão em português da música "Liebe Ist Gesund", de Gunther Sigl, adaptada por Fábio Cirello, e “Apocalipser”, composta por Cirello e Cleo Toledo. Essas três músicas estão entre as faixas destacadas na coletânea 10 Anos de Rock Memory.
O LP foi gravado no Estúdio Transamérica, com produção de Paulo Ferreira e da própria banda. A direção artística foi de Wilson Souto Jr. e os arranjos assinados pelo grupo.

Eduardo Leão ficou por oito anos, desde a formação em 1981, tendo colaborado com quatro das seis canções autorais da banda. Deixou o grupo para formar a Rockover. Em seu lugar, entrou Renato Muniz.
Em 1991, foi a vez de John Kurk deixar a banda para dedicar-se à Paris Supertramp (especializada em covers da banda inglesa Supertramp). Logo depois, juntou-se à Rockover, ao lado de Eduardo Leão, permanecendo por 17 anos. Posteriormente, fundou a Rockstock (2008–2012), embrião de seu último projeto, Mr. Kurk, onde continuou sua jornada musical até falecer em 2017, aos 69 anos.
A banda Rock Memory segue até hoje, com 44 anos de estrada, apresentando-se com seu vasto repertório de Classic Rock e canções autorais.

O LP foi remasterizado a partir de um exemplar com agulha Shure M44G, garantindo fidelidade ao som original.

Fica mais uma vez registrado o meu agradecimento especial ao Charles Portilho, da loja 019 Discos de Nova Odessa/SP, pelo apoio cultural dado nesta publicação! Quem quiser fazer compra online, site AQUI, ou faça uma visita, fica na Rodoviária de Nova Odessa. Inclusive às quintas-feiras fica aberta até as 22h em virtude da já tradicional feira noturna no local.

Faixas: 
01. Constituir (Uma Revolução)
02. Lig Lig (Liebe Ist Gesund)
03. Senado Romano
04. Sozinho na Cidade
05. Aspire
06. Apocalipser

Para baixar o album em FLAC (Lossless), clique AQUI.

Zenith - Zenith (1989)

 

Zenith – O grito de Mogi Guaçu no Hard Rock nacional

Formado no início dos anos 80, o Zenith surgiu na cidade de Mogi Guaçu/SP, despontando como uma das bandas mais ousadas e autorais do rock brasileiro daquela década. Com letras em português e sonoridade que mesclava hard rock, A.O.R. e influências progressivas, o grupo fincou sua identidade mesmo longe dos grandes centros.

A formação clássica da banda era composta por Rogério Nogueira (vocal), Dé Vasconcellos (guitarra), Marcus V. Lima (baixo), Hamilton Lima (bateria) e, posteriormente, Zuza (teclados). Esse núcleo se manteve estável até os últimos dias da banda, sendo responsável pelas composições mais marcantes do grupo.

Entre 1984 e 1985, Rogério chegou a se afastar temporariamente, sendo substituído por Beto Cruz, que compôs e ensaiou quatro músicas com a banda — duas em português e duas em inglês. Dessas, “Change My Evil Ways” e “Solange” seriam posteriormente retrabalhadas por Beto em sua nova banda, A Chave do Sol, sendo esta última gravada oficialmente no LP The Key, de 1987. Curiosamente, Dé Vasconcellos é o mesmo José Carlos Vasconcelos creditado como guitarrista naquele disco, reforçando a ponte direta entre os dois grupos.

Com o retorno de Rogério Nogueira ao vocal, o Zenith retomou sua força criativa e, em 1989, lançou o aguardado álbum homônimo pela gravadora Eldorado, com direção artística de Antonio Duncan e produção de Luiz Carlos Maluly — nome forte por trás de discos de bandas e artistas como Rádio Táxi, Tokyo, Ultraje a Rigor, entre outros, com passagens marcantes pelas gravadoras CBS, RCA e Continental.

A canção “Doce Mãe”, com versos como “Doce mãe, prostituta, liberdade onde andará?”, tornou-se um símbolo do inconformismo juvenil no Brasil pós-ditadura. Segundo Rogério, a letra era uma metáfora: a “mãe” era o Brasil — vendido, explorado, ferido. A faixa foi recebida como música de trabalho da banda e teve repercussão local significativa nas rádios do interior paulista. O radialista Edmilson Pinheiro, de Ibitinga/SP, recorda que “Doce Mãe” fez relativo sucesso à época nas FMs da região, sendo considerada uma das promessas do novo rock brasileiro.

Outras faixas como “Asas”, “Dia-a-Dia” e “Spotlights” carregam a mesma força lírica e instrumental, resultado da maturidade que a banda conquistou ao longo de anos de estrada.

A faixa “Spotlights”, inclusive, é uma versão em português da música “Change My Evil Ways”, composta por Dé Vasconcellos e Beto Cruz durante a passagem do cantor pelo Zenith. Em reconhecimento à autoria original, Roberto da Silva Cruz (Beto Cruz) é creditado como compositor ao lado da banda nesta faixa do disco.

35 anos depois: relançamento histórico em CD

Em julho de 2025, o selo Classic Rock Records relançou em oficialmente o álbum Zenith, pela primeira vez no formato CD, com remasterização feita no Studio Mosh (São Paulo). A edição marca os 35 anos do disco completos em 2024 e resgata uma joia esquecida do rock nacional, que ajudou a escrever a história do estilo com coragem, atitude e talento.

O LP foi capturado com agulha Shure M44G, editado e remasterizado com escuta atenta e criteriosa para redução de estalos, preservando toda a riqueza do registro original.

Fica registrado o meu agradecimento especial ao Charles Portilho, da loja 019 Discos de Nova Odessa/SP, pelo apoio cultural dado nesta publicação! Quem quiser fazer compra online, site AQUI, ou faça uma visita, fica na Rodoviária de Nova Odessa. Inclusive às quintas-feiras fica aberta até as 22h em virtude da já tradicional feira noturna no local.

Faixas: 
01. Dama da Escuridão
02. Doce Mãe
03. Estrelas Foscas
04. Asas
05. Spotlights
06. Dia a Dia
07. Muros
08. Curvas de Um Rio

Para baixar o album em FLAC (Lossless), clique AQUI.

Alto Retrato - Alto Retrato (1991)

 

Alto Retrato – O funk rock inventivo do interior paulista que merece ser redescoberto

Formada em Assis/SP nos anos 80, a Alto Retrato surgiu como uma grata surpresa na cena do rock nacional — não só por ter nascido fora dos grandes centros, mas por apresentar uma sonoridade ousada, com forte pegada funk, slaps marcantes no baixo, guitarras afiadas e vocais únicos. O grupo misturava rock, funk e new wave, com influências de Titãs, Fausto Fawcett & os Robôs Efêmeros, Skowa & A Máfia, da banda Clínica (liderada por Fernando Salem) e dos primeiros álbuns do Red Hot Chili Peppers.

A formação mais conhecida contava com Luis “Crânio” (teclados), Maurizio Maranto (bateria), Christopher Bonella (guitarra), Marcelo Benez (vocais e guitarra) e Ximba Uchiama (baixo). Também passaram pela banda J.A. Martini (guitarra solo) e Mello Jr. (baixo).

O segundo álbum, lançado em 1991, teve a maior parte das músicas compostas por Marcelo Benez, em parceria com outros músicos. A própria banda assinou todos os arranjos e a direção de produção, enquanto a direção artística ficou a cargo de Juvenal de Oliveira. O disco ainda contou com participações especiais de Kiko Zambianchi e da Mocidade Rosa de Ouro, o que acrescenta mais consistência e pluralidade ao som do grupo — unindo o universo do rock à cadência do samba-funk com naturalidade.

Embora o selo Copacabana tenha decidido investir no gênero rock, a gravadora atravessava uma grave crise no mercado fonográfico. Desde a segunda metade da década de 80, já não era mais responsável pela prensagem de seus discos. O álbum de 1991 foi fabricado e distribuído pela Sony Music (antiga CBS), o que tornava a presença da Copacabana ainda mais reduzida no mercado.

Apesar das dificuldades, a Alto Retrato conseguiu lançar dois álbuns homônimos — um em 1989 e outro em 1991 — que registram uma banda coesa, com personalidade, presença e boas ideias.

Pouco se sabe sobre os demais integrantes após o fim do grupo, mas sabe-se que Christopher Bonella seguiu carreira como produtor musical, compositor de trilhas para rádio e TV, e também cantor.

Alto Retrato foi uma banda com identidade própria e repertório de qualidade. Não teve o alcance que merecia, mas seus discos permanecem como bons registros de uma fase criativa e pouco explorada da música brasileira.

Esta cópia do LP de 1991 foi capturada com agulha Shure M44G, e cuidadosamente editada e remasterizada, com escuta atenta para remoção de estalos, preservando ao máximo a integridade do áudio.

Este disco faz parte das "oportunidades de redescoberta" quando fiz garimpo na loja Sebo Casarão. A loja fica situada à Rua Barreto Leme, 994 - Centro, Campinas - SP, CEP 13010-201. Telefone: (19) 99693-9685 (WhatsApp). Para conhecer o acervo de discos da loja, clique AQUI.

Faixas: 
01. Tão Distante Daqui
02. Auto Retrato (part. esp. Kiko Zambianchi)
03. Pirata
04. Brasil (part. esp. Mocidade Rosas de Ouro)
05. Entre o Inferno e o Céu (Dancing With Myself)
06. Nada
07. Diferentes Demais
08. Hístoria Sem Fim

Para baixar este album em FLAC (Lossless), clique AQUI.

Squema Seis - Coisa de Cinema (1991)

 

Squema Seis – A banda brasiliense que levou o som dos bailes aos salões do Planalto

Fundada em 1979, a banda Squema Seis nasceu da pulsação musical de Taguatinga (DF) e se firmou como um dos principais grupos de baile da capital federal. A origem do conjunto remonta à dissolução do grupo Elson 7, após a morte do seu líder, Elson. Coube ao guitarrista Sebastião Rodrigues, o Tiãozinho, manter viva a tradição dos bailes, reunindo cinco músicos talentosos e criando o Squema Seis.

Parte dos integrantes também trazia bagagem da banda Tom Maior, outro nome importante da música de baile candanga dos anos 70. Essa convergência de experiências resultou num grupo técnico, versátil e com personalidade própria.

Desde então, o grupo animou não só clubes e festas populares, mas também eventos privados no coração político do país. Segundo Tião, ele se apresenta para presidentes da república desde o governo Costa e Silva (1967), e a banda Squema Seis, como formação, passou a tocar em jantares e recepções oficiais a partir da gestão do General Ernesto Geisel (1974–1979).

A formação clássica da banda trazia músicos experientes:

Onivaldo de Oz (bateria)

Roby (baixo)

Sebastião Rodrigues (guitarra)

Mauro Sérgio (teclados)

Zezinho (sax)

Maurício Araújo, o Tuchau (vocal)

Em 1991, o grupo lançou seu único LP, “Coisa de Cinema”, pela gravadora Continental, com produção assinada por Neizinho e pela própria banda, e direção artística de Matheus Nazareth. A concepção geral do disco e a definição do repertório ficaram a cargo de Marco Camargo, reunindo 10 faixas que combinam romantismo, groove e apelo pop rock. Foram cerca de 20 mil cópias vendidas — um número expressivo, especialmente para uma banda independente da capital federal.

A repercussão levou o Squema Seis a se apresentar em programas como Jô Soares Onze e Meia (SBT), Milk Shake (Manchete) e Xou da Xuxa (Globo), ampliando o alcance nacional do grupo.

Faixas como “Vem Ficar Aqui” — apresentada ao vivo no programa do Jô Soares — e a releitura de “Pingos de Amor” foram escolhidas como músicas de trabalho e deram visibilidade ao grupo. Os arranjos foram todos assinados pela própria banda, imprimindo personalidade e competência musical em cada canção do album.

Para esta publicação, o LP foi remasterizado a partir de cópia em vinil, utilizando agulha Shure M44G e remoção criteriosa de estalos por escuta minuciosa com fones de monitoramento — assegurando máxima fidelidade ao som original.

Este disco faz parte das "oportunidades de redescoberta" quando fiz garimpo na loja Sebo Casarão. A loja fica situada à Rua Barreto Leme, 994 - Centro, Campinas - SP, CEP 13010-201. Telefone: (19) 99693-9685 (WhatsApp). Para conhecer o acervo de discos da loja, clique AQUI.

Faixas:

01. Vem Ficar Aqui

02. Amor com Amor

03. Coisa de Cinema

04. Musa

05. Minha Estrel

06. Viaja Meu Coração

07. Vem Você

08. Caso Sensual

09. Bye Bye

10. Pingos de Amor

Para baixar o album em FLAC (Lossless), clique AQUI.